segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O materialismo do Frei Bento Domingues

 

BD Que rei é esteO povo diz que não há ninguém mais agarrado ao dinheiro do que um esquerdista; entre um comuna e o dinheiro existe uma relação de amor / ódio: o amor pelo desejo de o ter e o ódio por o não ter.

A interpretação que o Frei Bento Domingues faz da parábola dos talentos é própria de uma pessoa que tem com o dinheiro uma relação de amor / ódio; parece que o frade gnóstico não percebeu a parábola. Aliás, o Frei Bento Domingues é um erro de casting em pessoa: utilizar Jesus Cristo para fazer política mundana, não lembra ao diabo!

Eu não vou aqui explicar a parábola dos talentos; deixo aos leitores o exercício de inteligência que o frade recusa.

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” — Jesus Cristo

Diz o frade, citando S. Lucas, que “não podeis servir a Deus e ao Dinheiro”. E é verdade.

Mas há duas formas de servir o Dinheiro: aquela daquele que o serve de forma explícita, e aquela daquele que implicitamente transforma Deus em um instrumento de combate ao dinheiro. Nos dois casos, é o dinheiro que está em equação — e não Deus. O Frei Bento Domingues insere-se nesta segunda categoria. Deus é assim transformado em um meio de luta política, e não um fim em si mesmo. O Frei Bento Domingues dá a César o que é de Deus, e a Deus o que é de César.

“ É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa!” — (S. Lucas, 17, 1).

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