sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Um ateu tem menos sensibilidade moral do que um cristão

 

Embora existam vários modelos de ateísmo1, podemos conceber genericamente o ateísmo como a consequência de uma explicação materialista da origem e da evolução do universo e do homem. Ora, se tomarmos em consideração as recentes descobertas da Física, alguém que tenha uma visão materialista do mundo — que inclui o universo e o homem — só pode ser um estúpido, porque nega a própria ciência. O ateísmo é sinónimo de materialismo.

Não devemos confundir ateísmo, por um lado, com agnosticismo, por outro. Com as descobertas recentes da Física, um filósofo ateu (materialista) é uma aberração intelectual; mas um filósofo agnóstico já é intelectualmente tolerável.

dawkins e hitlerQuando falamos em “religiões”, não devemos meter todas no mesmo saco, como se faz aqui — porque, por exemplo, os princípios e valores éticos que norteiam o Cristianismo são diferentes dos princípios e valores que norteiam a religião dos habitantes canibais das montanhas da Papua-Nova Guiné.  Meter as religiões todas no mesmo saco revela estupidez.

Um ateu moderno, por mais que o negue, está eivado de cultura cristã, seja através da cultura antropológica, seja através do legado histórico da Europa. Em princípio, um ateu moderno europeu assimilou alguns valores cristãos através da cultura antropológica em que está inserido.

Quando se diz que “um ateu não é mais propenso à  imoralidade do que um católico”, por exemplo, joga-se com a ignorância (politicamente correcta) do conceito de juízo universal: pelo facto de conhecermos um ateu moralmente íntegro, isso não significa necessariamente que a moralidade dos ateus, em geral, seja equivalente ou superior à  dos católicos. Por outro  lado, há muita gente que se diz “católica” mas que não respeita os valores da ética cristã (na prática, são ateus).

A ética ateísta é responsável pelo maior morticínio de que  alguma vez rezou a História: o holocausto silencioso de milhares de milhões de seres humanos, ou seja, o aborto.

Quando se invoca  um texto de S. Tomás de Aquino em que ele diz que a pena de morte aplicada a um herege é executada pelo poder político e secular, e ao mesmo tempo se invoca um pretensa superioridade da ética ateísta que legitima o aborto como um valor ético — estamos em presença da indigência intelectual e moral da actual Academia.

Nota
1. o materialismo dito “científico”, ou marxismo; o neopositivismo; Nietzsche e os seus seguidores; o Existencialismo ateu.

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