segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Só há uma forma de salvar o Euro

 

A única forma de evitar o fim do Euro é democratizar a Europa, por um lado, e desnacionalizá-la totalmente, por outro lado.

“Democratizar a Europa” significa, por exemplo, a eleição directa de um presidente da União Europeia com poderes de regulação política; e dar poder político real ao parlamento europeu, do qual sairá o governo da Europa. Significa também o fim da Comissão Europeia e o fim do Conselho Europeu de primeiros-ministros.

Se a democratização da União Europeia é, em tese, possível, a desnacionalização dos países da União Europeia é impossível.

A desnacionalização dos países da Europa significa que os franceses, por exemplo, com cerca de 55 milhões de nacionais, teriam menos força política na União Europeia que os alemães com 80 milhões. Isso já acontece hoje de certa forma, mas a França tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, e a Alemanha não tem; ou seja, a França mantém o estatuto de vencedor da II Guerra Mundial, o que lhe dá uma vantagem política global que equilibra o poder fáctico com a Alemanha.

A desnacionalização dos países da União Europeia significaria a realização progressiva de um IV Reich alemão, com a ajuda dos países limítrofes da Alemanha: Holanda, Bélgica, Áustria, entre outros. E alguém terá que me convencer que os franceses, um dia qualquer, deixarão de ser franceses.

Quem defende o Euro vive o momento de hoje; não pensa no futuro. Carpe Diem é a característica dos políticos portugueses em geral.

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