sexta-feira, 27 de novembro de 2015

¿Qual é o problema da cor da pele?

 

Eu cresci em Moçambique, lá no interior norte, entre os macuas, em uma pequena aldeia chamada Malema, a meio caminho entre Nampula e Cuamba. A minha mãe era professora primária no tempo de Salazar, e a turma da escola onde eu aprendi a ler e a escrever tinha muito mais pretos do que brancos.

macuaHabituei-me a comer xima com peixe seco, todos os dias, directamente com as mãos, na companhia dos pretos. Para mim, “preto” não é insulto: é uma característica física, como por exemplo “olhos castanhos”, “olhos azuis”, e “cabelo carapinha” são características da pessoa. Preto é preto, chinês é amarelo, índio é vermelho, branco é branco ou moreno dependendo da zona da Europa, mulato é mulato e a mulata é a melhor mulher do mundo, etc..

A minha experiência diz-me que o racismo é um problema cultural, e não propriamente da cor da pele. É um problema de enquistamento das culturas que o multiculturalismo politicamente correcto alimenta. A pior forma de racismo é a que alimenta o enquistamento de culturas em uma mesma sociedade, ou seja, é o multiculturalismo defendido pela Esquerda. Não há pior racista do que o esquerdista.

Devemos pensar que Francisca Van Dunem é Ministra de Portugal porque é competente, e não por ser negra. Seria inimaginável que, por exemplo, um ministro de Moçambique fosse ministro por ser branco: seria eventualmente ministro porque seria competente. Este paternalismo de Esquerda em relação às diferenças físicas das pessoas, mete nojo; é de facto uma forma sofisticada de racismo.

E não devemos confundir as características físicas naturais de uma pessoa, por um lado, com o seu comportamento, por outro lado.

Quando a Esquerda compara um preto com um gay, essa comparação é de facto um insulto para os pretos. O preto nasceu preto, e trata-se de um facto da Natureza, assim como é um facto da Natureza que um chinês nasceu amarelo, ou um português nasceu moreno. Mas um gay não nasceu gay; o gay toma no cu porque quer.

1 comentário:

  1. Nunca provei xima, mas prometo-lhe que vou experimentar a receita para provar essa iguaria africana.

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