quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sobre o salário mínimo nacional

 

Eu penso que, em uma economia saudável, não deveria haver salário mínimo; mas uma economia saudável depende de uma cultura saudável, e esta depende de determinados princípios metafísicos e éticos que se reflectem na política e na economia (por esta ordem). Ora, Portugal não tem essa cultura saudável.

Uma das razões (senão a principal) por que temos cerca de 20% de eleitores que votam no Bloco de Esquerda e no Partido Comunista é a de que temos empresários de merda (em geral, salvo excepções). Ou seja, é a “Direita” que alimenta o “monstro”; são os patrões que, de forma indirecta, impõem o salário mínimo que tanto criticam.

Se fosse possível e legal, a muitos patrões portugueses, não pagar qualquer salário aos trabalhadores, não tenho dúvida que o fariam; há mesmo patrões que exigem que as pessoas paguem para trabalhar. Portanto, em um contexto de empresariado de merda em uma cultura do neolítico, não é possível prescindir do salário mínimo. Infelizmente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.