Já que toda a gente fala da ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, também tenho direito. Em primeiro lugar, “coincidiu” que ele fosse chamado ao Banco semanas depois do Brexit. Yo no creo en brujas; pero que las hay, ¡las hay!
Depois, o meu problema não é o de que um determinado político em fim de carreira seja convidado a exercer funções em um Banco; penso que não devemos transformar a carreira política em um estigma; estamos cansados de puritanos estalinistas ou trotskistas.
O meu problema é com o Durão Barroso enquanto pessoa, entendida em si mesma.
Ainda hoje não entendi como é possível um indivíduo ter sido maoísta enquanto estudante universitário, e hoje ser funcionário da Goldman Sachs.
É o próprio indivíduo — Durão Barroso — que me repugna. É a sua incoerência — vendida à utilidade que marca a sua congenialidade visível naquele beque aquilino — neste tempo da Europa em que as relações sociais estão mercantilizadas.
Durão Barroso não é o “cherne” que diziam dele: é um bagre; não tem escamas, e é o único parasita vertebrado que ataca o ser humano.
Não vejo incoerência: este traste toda a vida foi uma comunista. Comunista bruto, primeiro; comunista sofisticado, depois. Fez curiosamente um percurso idêntico ao da própria China vermelha. Para existir o comunismo, não é preciso haver nacionalizações e reforma agrária; essencial é afirmar-se a negação radical de Deus e da lei natural, e isso o sabujo em causa sempre negou, tanto na sua fase bruta de MRPP como na sua fase sofisticada de globalista da UE e de homem de mão do Bilderberg.
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