O “consentimento” é uma função do Poder.
Só existe verdadeiro consentimento se a relação de Poder (entre duas ou mais pessoas) não é assimétrica ou muito diferenciada entre si.
Esta noção de “consentimento” aplica-se, por exemplo, ao assédio sexual — mas também se aplica à eutanásia.
O dito “consentimento do suicida” é condicionado pelas relações de Poder assimétricas — pela desmoralização da pessoa em causa, pela influência de familiares que pretendem ficar com heranças, pela sensação de que se é um fardo para a sociedade, pela não existência de cuidados paliativos, pelo isolamento social do idoso ou doente, pela psicopatia de quem cuida da pessoa, e por outro tipo de pressões.
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