quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A Raquel Varela diz que uma empresa pode “produzir riqueza sem lucro”

 

“Muitas vezes confunde-se o lucro com a riqueza. Porque o normal é nós produzirmos riqueza. Uma “empresa” tem que produzir e tem que produzir bem, em qualquer sociedade, capitalista ou não capitalista. Agora, não tem que produzir necessariamente lucro. As armas produzem lucro, o tráfico de droga produz lucro, medicamentos que não curam as pessoas também são lucrativos. Portanto, o lucro não tem que ser a medida de eficiência de uma sociedade. A medida de eficiência de uma sociedade deve ser a riqueza.”

Raquel Varela

utopia¿Como é que se pode produzir riqueza sem lucro?! Como é que uma empresa, por exemplo, pode produzir riqueza sem ter lucro? Este é um dos mistérios que a iluminada Raquel Varela não desvenda...

O que pode acontecer é que o lucro seja ilícito — seja juridicamente, seja ética e moralmente. Por exemplo, o tráfico de drogas, para além de ilegal, é imoral; portanto, quem tem lucro com o tráfico de drogas incorre em uma ilegalidade e pratica um acto imoral.

Ou seja, a Raquel Varela incorre em um sofisma, quando confunde “lucro”, por um lado, com “ilegalidade” e “imoralidade”, por outro  lado. Trata-se de uma “confusão” propositada e ideologicamente orientada.

Só se produz riqueza com mais-valia que depois é aplicada na economia.

Posso até concordar com a Raquel Varela no que respeita a uma certa restrição na circulação de capitais — porque se as mais-valias saem do país sem quaisquer restrições, é a própria economia que fica prejudicada. Mas o que me parece absurdo é que se possa “produzir riqueza sem lucro” (sem mais-valia).


De nada vale à Raquel Varela ter licenciaturas, mestrados, doutoramentos, etc., se as crenças dela não se escoram na realidade. Pode tirar todos os doutoramentos do mundo, que nada lhe adianta.

Todos nós temos crenças. Até a ciência se baseia em crenças porque se baseia em postulados, por exemplo: o postulado atomista segundo o qual as reacções químicas são o resultado da associação ou dissociação dos átomos; ou o postulado da Selecção Natural — fazem parte daquilo a que Imre Lakatos chamou de heurística negativa”, que isola um “núcleo duro” de proposições que não estão expostas à falsificação; ou seja, os postulados da ciência são axiomas. Estes axiomas são as crenças da ciência. Thomas Kuhn chegou a afirmar que “a história da ciência é uma sucessão irracional de períodos de racionalidade”.

O que distingue as crenças da ciência, por um lado, das crenças da Raquel Varela acerca da “riqueza sem lucro”, por outro  lado, é que a ciência se baseia em factos (embora a interpretação teórica dos factos possa estar errada em determinado momento), ao passo que as crenças da Raquel Varela se baseiam em uma imaginação utópica que, por isso, não tem qualquer aderência à realidade.

3 comentários:

  1. Ela imagina a riqueza do paraíso comunista e a redistribuição feita e sedimentada. la apenas anda sedada... e não tem lura para sair coelho.

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  2. Essa mulher é uma tresloucada. Veja aqui a nova cadeira de seminário que permitiram que a mesma criasse na FCSH da Nova:

    http://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2014/09/09/1838/

    Assim que li o programa percebi logo que se trata de mais uma cadeira de doutrinação política. Para a extrema-esquerda tresloucada é para isto que a universidade serve: doutrinação política e branqueamento dos crimes da canalha marxista.

    Triste é termos de ser nós a financiar estas palhaçadas com o dinehiro dos nossos impostos...

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  3. Divulguei:

    http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/09/a-raquel-varela-diz-que-uma-empresa.html

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