Talvez seja um pouco antiquado, mas não percebo por que razão se escreve, nos blogues e em alguma imprensa, Estado com letra minúscula (estado). Reparem na seguinte frase:
“Olhem o estado a que o estado chegou!: já não há estado em bom estado...”
Na minha escola primária aprendi a escrever assim:
“Olhem o estado a que o Estado chegou!: já não há Estado em bom estado...”
A diferença, na escrita, entre “estado” e “Estado” leva a uma maior clareza na escrita, para além de tornar a compreensão da leitura da frase muita mais rápida. Quando dois substantivos homófonos se escrevem da mesma maneira, caminhamos para a subjectividade da língua.
Alguém poderá dizer: existem outros casos semelhantes, por exemplo, pia, são, canto, penso, cedo — mas estes homógrafos são verbos!, ao passo que “estado” e “Estado” são substantivos. Eu também faço a distinção escrita entre “banco”, por um lado, e “Banco”, por outro lado — porque são ambos substantivos.
“Entrei num Banco e sentei-me num banco”; ¿ou “entrei num banco e sentei-me num banco”?
A reforma ortográfica de 1973 e o Acordo Ortográfico de 1990 têm vindo a escangalhar a língua portuguesa.
Deve ser para chatear quem escreve igreja em vez de Igreja.
ResponderEliminarUma coisa é “a igreja da minha freguesia”; outra coisa é a “Igreja Católica”. Uma coisa é “o parlamento em Estrasburgo”; outra coisa é o “Parlamento Europeu”. Uma coisa é uma “assembleia de sócios de uma empresa”; outra coisa é a “Assembleia da República”. As instituições públicas devem escrever-se em maiúsculas.
EliminarNo caso de estado e Estado é diferente: trata-se de dois substantivos com significados diferentes mas com escrita idêntica.