quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O embaixador Seixas da Costa, a islamofobia e o racismo

 

Parece-me que duas características de Seixas da Costa são a ambiguidade e a ambivalência propositadas e intencionais — porque, no cidadão comum, estas características podem normalmente ser inconscientes. Mas há nele uma terceira característica: a utilização de palavras-mestras, que caracterizam uma determinada ideologia:

“Estes ataques [terroristas em Paris], pelo seu carácter coordenado e eficaz, demonstram uma sofisticação fora do vulgar. Significam que, no seio da União europeia, o Estado islâmico dispõe hoje de uma rede de notável capacidade, seguramente baseada em cidadãos nascidos no território europeu mas cuja "pátria" afectiva está algures. Lutar contra inimigo "da porta ao lado" será sempre uma tarefa muito complexa, se se pretende preservar a sociedade de uma onda de islamofobia e de ódio étnico-religioso”.

Seixas da Costa [Tive que traduzir o texto de Seixas da Costa para português correcto]

Uma “fobia” pressupõe um medo ou terror irracional em relação a alguma coisa.

Por exemplo, a aracnofobia é o terror irracional que alguém possa ter em relação às aranhas. Através da palavra-mestra “islamofobia”, qualquer divergência racional em relação ao Islão é considerada como reflexo de uma espécie de doença mental que caracteriza o “islamófobo”; ou seja, passa a ser tabu a discordância pública e publicada em relação ao Islamismo.

Ademais, Seixas da Costa confunde propositadamente a “oposição racional ao Islamismo”, por um lado, com “racismo” (ódio étnico-religioso), quando fala em “onda de islamofobia e de ódio étnico-religioso”.

Ou seja, “o crítico racional do Islão é, ipso facto, racista”.

A verdade é que o Islamismo, enquanto religião política, é independente de qualquer raça em particular; aliás, o maior país islâmico do mundo é a Indonésia, cujos povos não são nem semitas nem berberes.

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