domingo, 17 de janeiro de 2016

Quando se trata dos americanos, não existe qualquer negacionismo

 

O negacionismo histórico só existe em relação aos crimes de guerra nazis e comunistas. Os vencedores da História não precisam negar nada: a própria vitória garante-lhes a negação.

“Em Agosto do ano passado, o Ministério da Educação da região de Sverdlovsk, ordenou que fossem retiradas das bibliotecas todas as obras do historiador Antony Beevor, precisamente devido ao facto de este historiador já ter exposto os crimes soviéticos em vários dos seus escritos, especialmente na obra intitulada A Queda de Berlim: 1945, que incomodou de tal forma as autoridades do Kremlin, a ponto de estas terem feito pesadas críticas ao seu autor. Este negacionismo dos crimes cometidos pelo Exército Vermelho por parte do regime de Putin é absolutamente patético.”

Dos Crimes Sexuais Cometidos Pelo Exército Vermelho Contra as Mulheres Alemãs

Embora a informação supracitada necessite de referência a fontes primárias, vamos aceitá-la como verdadeira. Portanto, as autoridades russas actuais negam a versão sobre os factos do historiador Antony Beevor.


bias“One of the enduring narratives of World War II is that during the invasion of the Third Reich, British and American troops largely behaved well, and it was the soldiers of the Soviet Union's Red Army who raped hundreds of thousands of German females, aged from eight to 80.

However, a new book published in Germany makes the shocking and disturbing claim that the Americans raped a staggering 190,000 women in the decade from the invasion until West Germany became a sovereign country in 1955.”

Did Allied troops rape 285,000 German women? That's the shocking claim in a new book. But is the German feminist behind it exposing a war crime - or slandering heroes?


Naturalmente que o livro da alemã Miriam Gebhardt é uma narrativa falsa:
  • em primeiro lugar, porque ela é feminista, e as feministas nunca têm razão; se uma feminista disser que 1 + 1 = 2, é óbvio que é falso.
  • em segundo lugar, a narrativa do livro é falsa porque toda a gente sabe que os soldados aliados eram santos, imbuídos de uma missão divina de libertação da humanidade em relação ao comunismo diabólico. Não cabe na cabeça de ninguém que os soldados americanos violassem mulheres alemãs.


O negacionismo das violações de mulheres alemãs por parte de soldados aliados dos americanos faz-se de duas formas:

  1. através da afirmação, na cultura antropológica, da superioridade moral americana (a actual Esquerda aprendeu com os americanos a lição da superioridade moral);
  2. através da detracção ad Hominem de quem nega a superioridade moral americana.

Os americanos não precisam de negar nada. O negacionismo americano faz parte da cultura antropológica, e é “natural”.

9 comentários:

  1. "Embora a informação supracitada necessite de referência a fontes primárias, vamos aceitá-la como verdadeira. Portanto, as autoridades russas actuais negam a versão sobre os factos do historiador Antony Beevor."

    Essa informação foi retirada deste artigo do José Milhazes:

    http://observador.pt/opiniao/na-russia-ja-queimam-livros/

    Está lá o link no meu artigo com a indicação para a fonte primária, é só clicar e ver.

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    1. Ah!, você frequenta o Observador... então já se explica muita coisa. Você esqueceu-se de dizer que George Soros está metido no assunto.

      “Dezenas de títulos estão a ser queimados por ordem das autoridades de Komi, uma das repúblicas da Federação da Rússia, só porque a sua edição foi apoiada pelo mecenas norte-americano George Soros.”

      George Soros é um criminoso. Até eu proibiria os livros financiados por ele.

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    2. Mas o livro do historiador Antony Beevor não foi financiado por George Soros. O Antony Beevor sofreu críticas pesadas do governo russo apenas porque falou dos crimes cometidos pelo Exército Vermelho, mais nada.

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  2. Não é nenhum segredo que os americanos, britânicos e franceses também cometaram inúmeras atrocidades. As bombas atómicas em Hiroxima e Nagasáqui talvez sejam os exemplos mais gritantes.

    Mas a diferença é que tanto quanto eu sei, nunca dei notícia de livros que abordam esses assuntos, serem proibidos em bibliotecas americanas ou o governo americano dar-se ao trabalho de se meter a criticar um historiador, só porque não concorda com a sua opinião.

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    1. Livros financiados por George Soros, um criminoso que quase levou o Banco de Inglaterra à falência em 1993. Eu também proibiria os livros financiados por George Soros, assim como proibiria a propaganda política de qualquer criminoso ou psicopata.

      A liberdade tem limites.

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    2. O problema é que há livros que foram queimados que não passam de simples manuais técnicos, perfeitamente inofensivos.

      O Salazar também cometeu esse erro das proibições de livros e quando o regime deu por si, o País já estava transformado num ninho de comunistas. Proibir livros apenas agrava o problema, já dizia o velho ditado que "o fruto proibido é o mais apetecido..."

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    3. “O problema é que há livros que foram queimados que não passam de simples manuais técnicos, perfeitamente inofensivos”.

      Esse facto só reforça a minha ideia de que os livros foram eliminados principalmente por serem financiados por George Soros. Ou seja, se George Soros financiasse a publicação de uma Bíblia da Igreja Ortodoxa Russa, também seria eliminada.

      Repito: George Soros é um criminoso que quase levou a economia inglesa à bancarrota em 1993. A lei internacional promovida pelos Estados Unidos protege-o, mas não deixa de ser um criminoso.

      “O Salazar também cometeu esse erro das proibições de livros e quando o regime deu por si, o País já estava transformado num ninho de comunistas. Proibir livros apenas agrava o problema, já dizia o velho ditado que "o fruto proibido é o mais apetecido..."”

      No tempo de Salazar, nas faculdades de economia lia-se “O Capital” de Karl Marx. Eu próprio tenho livros de filosofia editados em Lisboa em 1969 que abordam o marxismo. É claro que a leitura de Karl Marx não era laudatória — nem poderia ser, ainda hoje.

      O que Salazar censurava era a imprensa. Os livros científicos e filosóficos não eram censurados por Salazar. E tanto foi assim que Álvaro Cunhal tirou o curso de Direito na prisão de Salazar, com a tese de curso «O Aborto: Causas e Soluções». Repare bem!: a tese de Cunhal, no tempo do ultra-católico Salazar, foi o aborto!.

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    4. "Repare bem!: a tese de Cunhal, no tempo do ultra-católico Salazar, foi o aborto!"

      O professor Salazar nunca foi tão católico como o pintam.

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    5. Se um homem que ia todos os dias, ao fim da tarde, à capela do palácio de S. Bento para rezar não é católico, não sei quem seja católico.

      Eu sou católico mas não vou todos os dias à igreja. Presumo que Salazar tenha sido mais católico do que eu.

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