quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Ser ou não ser: eis a questão!

 

“O conformismo e o não-conformismo são expressões simétricas da falta de originalidade”.

→ Nicolás Gómez Dávila

Diz-se aqui que “eu estou convencido” de que o autor daquele blogue é um “globalista”. Ora, eu nunca escrevi isso aqui; nunca escrevi que eu estaria convencido de que ele seria um “globalista”.

Naturalmente que “globalismo” é um conceito lato, mas que neste caso se aplica ao globalismo anglo-saxónico (que não é apenas americano), que se caracteriza pela primazia de uma ideologia política neoliberal/utilitarista que — à semelhança do que faz o marxismo — reduz toda a realidade humana a uma determinada visão da economia, por um lado, e, por outro lado, trabalha no sentido da sinificação de diversas regiões do globo.

O neoliberalismo é, neste sentido, uma nova estirpe do fascismo italiano, embora sem os uniformes negros visíveis, mas alargado à escala mundial, e em que o centro de Poder é multipolar mas imune ao novo sistema político que se pretende implantar à escala global. O neoliberalismo é um fenómeno novo; o cidadão comum ainda não compreendeu o que se está a passar.

Juan Manuel de Prada, que é um dos poucos reaccionários vivos, escreveu um artigo esclarecedor que pode ser lido aqui. Remeto o autor do blogue para o referido artigo. Está lá tudo o que é preciso saber acerca da Rússia actual que já não é a URSS (daqui a 500 anos, ainda irão invocar a URSS para falar da Rússia!)

O que o referido autor do blogue não deve fazer é inventar um espantalho para criar uma polémica artificial comigo.

5 comentários:

  1. Les Brigandes - "Laissez vivre la Russie" - https://www.youtube.com/watch?v=MA7PDiMqCXg

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  2. "O que o referido autor do blogue não deve fazer é inventar um espantalho para criar uma polémica artificial comigo."

    Passo a citar o próprio Orlando: «O que eu não aceito (embora compreenda) é que se critique Putin para implícita - ou explicitamente defender os Estados Unidos de Obama que estão por detrás do globalismo controlado pelo grupo Bilderberger (o grupo dos trezentos, de Fernando Pessoa).»

    P.S. - Mudando de assunto, o Orlando sabe onde é possível encontrar todos os textos que Fernando Pessoa escreveu sobre o grupo dos trezentos?

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  3. A minha visão sobre a Rússia de Putin está muito influenciada pelo debate do Olavo de Carvalho com o Aleksandr Dugin sobre o globalismo e a NOM.

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    Respostas


    1. 1/ Olavo de Carvalho defende o Brasil.

      2/ o Brasil tem um sistema político decalcado do federalismo americano.

      3/ por isso, seria incoerente que Olavo de Carvalho fosse contra o sistema político americano.

      4/ existem muitos ideólogos americanos malucos, e alguns destes até influenciaram Obama. Mas Olavo de Carvalho só critica Obama, e não os Estados Unidos enquanto país. Mas quando se trata da Rússia, o critério de Olavo de Carvalho muda: “Dugin representa a Rússia enquanto país”.

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