tag:blogger.com,1999:blog-5177269103897894906.post134340951418280973..comments2024-03-13T13:08:55.943+00:00Comments on Algol Mínima: A infalibilidade do papa e o princípio da não-contradiçãoOrlando Bragahttp://www.blogger.com/profile/16891839091944416605noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5177269103897894906.post-82004179490243967332015-04-12T08:26:51.804+01:002015-04-12T08:26:51.804+01:00Não é uma questão de imbecilidade. É uma questão d...Não é uma questão de imbecilidade. É uma questão de não querer ver. O imbecil não vê por natureza; outra coisa é ver e não querer reconhecer a evidência. Chame-lhe tudo o que quiser menos imbecilidade.<br /><br />Eu vou escrever um texto sobre a Contra-Reforma e sobre o Concílio de Trento, em que não saiu dele qualquer novo dogma apesar da fase crítica da Reforma. O sacerdócio não cria novos dogmas em uma religião, a não ser que a religião se transforme em uma ideologia política. Isto foi bem estudado e é um facto antropológico. <br /><br />Mas no Concílio do Vaticano I, saíram novos dogmas. Não é por acaso que Pio IX — que, aliás era bem conhecido por ser de esquerda e progressista — demorou mais de um século a ser beatificado. Se você verificar a história de Pio IX, verificará que ele tinha pouco de tradicionalista, no sentido dos papas anteriores a ele. <br /><br />A ideia segundo a qual “todos os dogmas do Catolicismo estão contidos na Revelação Cristã” é extraordinária, porque inverte as causas e os efeitos, transfere para o futuro a adequação habilidosa de qualquer dogma novo que venha ser criado, por um lado, e por permite que qualquer dogma novo seja instituído quase discricionariamente. <br /><br />Eu vou repetir: o sacerdócio não cria novos dogmas! É um absurdo o que você escreveu. Isso não é religião, o que você defende: é uma ideologia política. <br /><br />A ideia sua, segundo a qual existe progresso na Igreja Católica, é modernista e revolucionária — quando você diz: “expressando de forma perfeita o que dantes era apreendido de modo apenas imperfeito”. A sua visão da Igreja Católica é hegeliana, o que é uma contradição em termos. O progresso não é uma lei da natureza, e dizer que a Igreja Católica de hoje é mais perfeita do que a Igreja Católica da patrística, por exemplo, é uma estupidez. Não é imbecilidade: é estupidez. <br />Orlando Bragahttps://www.blogger.com/profile/16891839091944416605noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5177269103897894906.post-58415946793397165862015-04-12T00:59:55.547+01:002015-04-12T00:59:55.547+01:00O Orlando afirma e conclui peremptório:
Quem estu...O Orlando afirma e conclui peremptório:<br /><br /><i>Quem estudou Religião Comparada sabe que não é o clero que institui dogmas: ou os dogmas existem desde a fundação ou revelação da religião, ou não são dogmas propriamente ditos. O sacerdócio não faz dogmas (o papa é, em primeiro lugar, um sacerdote), embora preserve os que estavam feitos em função da revelação da religião; ¿como é possível discutir com uma pessoa que não percebe isto?!</i><br /><br />Porém, eu no primeiro comentário que fiz ao artigo sobre “A teoria dos chapéus” escrevi o seguinte:<br /><br /><i>(…) d) por a função do Papa não ser ensinar novidades, mas antes receber, defender e transmitir o conjunto das verdades de fé e moral de que a Igreja é fiel depositária, e, neste âmbito, porventura explicitá-las e clarificá-las através do seu magistério infalível, mas jamais negá-las ou contradizê-las;</i><br /><br />Enjeito, pois, o alvará de imbecilidade com que o Orlando me tentou afifar.<br /><br />Sem prejuízo, sempre acrescentarei que todos os dogmas do Catolicismo estão contidos na Revelação Cristã; porém, essa contenção na Revelação não tem necessariamente de ser explícita desde o início do Catolicismo mas apenas implícita, cabendo portanto às autoridades religiosas, através do seu magistério, explicitar os dogmas que se encontravam antes apenas implícitos, expressando de forma perfeita o que dantes era apreendido de modo apenas imperfeito. Isto não quer dizer que o dogma evolua, mas antes que se desenvolve organicamente, isto é, sem sofrer rupturas ou contradições com o que foi crido no passado, expressa a crença - repito - de forma perfeita onde antes era expressada de forma apenas imperfeita. <br />José Limahttps://www.blogger.com/profile/00719678048657051381noreply@blogger.com