domingo, 17 de agosto de 2014

O papa narcisista

 

KKOTTONGNAE South Korea (Reuters) - Pope Francis on Saturday issued a clear warning to Roman Catholic clergy, saying those who profess poverty while living rich material lives were hypocrites who hurt the image and mission of the Church.

Pope warns Catholic clergy to be humble, not hypocrites

vitrais da catedral de pragaAo longo de dois mil anos, na Igreja Católica sempre couberam figuras como S. Francisco de Assis que fez da pobreza um voto de vida, como S. Anselmo de Aosta que foi Bispo e filósofo, como S. Tomás de Aquino que não passou de um monge beneditino anafado e comilão mas com muito boas ideias, S. Cipriano e S. Paulo que foram contra a Igreja antes de a abraçar, ou como S. Pio X cujo exemplo foi o modelo da Igreja Católica da modernidade.

Mas também coube na Igreja o clero promotor da construção de catedrais; e, para as construir, sempre foi necessário haver dinheiro disponível. As maravilhosas catedrais da Europa, com os seus vitrais, os seus frescos e murais, nunca poderiam ter sido construídas sem que a sociedade se mobilizasse e o clero angariasse fundos financeiros para o efeito. Hoje, este papa diria que esse clero construtor de catedrais é “rico e hipócrita”.

capela sistina
Este papa vive em uma aparente contradição: por um lado, critica a existência da pobreza na sociedade, mas por outro lado critica o clero que, na opinião dele, “não vive na pobreza”. A obsessão que ele tem em relação ao conceito de “pobreza” é um instrumento político que tende a uma absolutização do poder papal como foi raro ver-se na história da Igreja Católica.

A contradição do cardeal Bergoglio é aparente. Desde logo, ele parte do princípio de que o modus vivendi dele próprio deve ser seguido por todo o clero — o que denota um narcisismo característico do pós-modernismo. O papa Francisco I pode ser eventualmente um modelo de vida em alguns aspectos, mas não será com certeza um modelo de vida em todos os aspectos, porque ele não passa de um ser humano, embora ele pretenda ser canonizado em vida. Este papa tem uma concepção narcisista de si próprio.

Depois, ele serve-se deste tipo de invectivas anónimas, feitas em público, para condicionar qualquer tipo de oposição ideológica interna na Igreja Católica em relação à sua agenda política, que passa pela desconstrução da mensagem não só de Jesus Cristo, mas principalmente a dos apóstolos, como por exemplo, S. Paulo.

Este papa pretende censurar as Escrituras, passar um lápis azul por cima de algumas partes das epístolas de S. Paulo. E, para isso, há que estigmatizar uma grande parte do clero da Igreja Católica. A diabolização do clero faz parte dessa estratégia de eliminação de qualquer oposição a uma agenda política satânica que pretende destruir os principais valores místicos da Igreja Católica, trocando-os por conceitos materiais e mundanos como, por exemplo, “igualdade” e “pobreza”.

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