Já se escrevia malcriado antes de os acorditas assumirem a sua malcriadez. Neste caso, o acordita está mal-avisado e talvez mal-avinhado, quando diz que «esta regra não é uma malfeitoria do Novo Acordo, pois ele limita-se, na Base XV, nº 4, a dar uma nova redacção à regra "antiga"», o que faz com que fiquemos malaxados e malcontentes.
Note-se que malcriado não é a mesma coisa que mal-educado. Apenas acontece que a educação é mal-empregada nos acorditas porque eles não fazem outra coisa senão produzir mal-entendidos. E andamos nós mal-enganados e as crianças mal-ensinadas pela malevolência acordita e por este malfadado e malfazejo Acordo Ortográfico.
Boa noite, Orlando.
ResponderEliminarSou autor do blogue que é referido nesta mensagem. Depois das considerações que faz sobre mim (embora não me conheça…), remata, dizendo: ”Note-se que malcriado não é a mesma coisa que mal-educado.”
Dê um saltinho à Infopédia e leia o que lá está: “malcriado: adjetivo 1. que não é bem-educado; mal-educado 2. grosseiro; rude 3. descortês; indelicado; incivil / nome masculino indivíduo mal-educado ou grosseiro (De mal-+criado)”.
A concluir, garanto-lhe que não estou mal-avisado, tão-pouco mal-avinhado. Embora goste de um copito de vez em quando, sobretudo se for tinto e do bom!
Cumprimentos.
António Pereira
EliminarA definição (de alguma coisa) pode ser nominal ou real.
As definições nominais assentam numa convenção prévia (por exemplo, os sinónimos de um dicionário); as definições reais são as que resultam das características invariavelmente observadas a partir dos dados da experiência.
Uma pessoa filha de alguém muito rico pode ser bem-educada porque frequentou as melhores universidades do mundo, e, no entanto, ser malcriada. Neste caso, a definição nominal que você invocou adquire outro significado através de uma definição real: a diferença que existe entre “educação”, por um lado, e “criação”, por outro lado.