domingo, 23 de fevereiro de 2014

O politicamente correcto destruiu o humor

 

O humor consiste na capacidade de captar o ridículo, de criticar o absurdo, de constatar o irracional e rir-se dele. Mas quando aquilo que é absurdo é considerado racional e validado por uma espécie de “lógica subjectiva”, o humor deixa de ser possível. Sem humor, ¿vamos rir de quê?!!

Dou um exemplo: eu escrevi este verbete que pretendeu ser uma sátira em relação a um determinado activismo político. A sátira explora o absurdo; mas como o absurdo passa a ser considerado racional segundo uma “lógica subjectiva”, o meu texto foi completamente invertido — como parece ser invertido quem  o inverteu.

casamento gay

2 comentários:

  1. Orlando, você não entendeu ainda o objetivo do VerdadeCega??

    Eu sou o criador deste blog. Deverias, ao menos, dar-se ao trabalho obrigatório (a alguém que se arrogue ser formador de opinião) de ler as outras postagens antes de saíres a fazer pré-julgamentos toscos e precipitados. Se leres as outras postagens, verás que a proposta do blog é justamente ridicularizar as premissas do “politicamente correto”.

    Talvez, eu ainda esteja “verde” nesse campo de atuação. Mas, prometo: vou aprender o que S. Alinsky nos deixou de “útil’ para usar isso em favor de uma Verdade menos “cega”. Mas, por hora, espero que você tenha a decência de ler as outras postagens antes de sair esbravejando como um “matador de passarinhos”.

    Passar bem!

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    1. 1/ Desde quando eu me “arroguei” ser “formador de opinião” ?!!! Onde?

      Você não deve projectar em alguém uma imagem subjectiva sua, e depois exigir que esse alguém corresponda à imagem que você construiu previamente dessa pessoa.

      2/ Pelo que vejo, você tem vários blogues com diferentes conteúdos. Eu apenas conheço e leio um deles. A minha vida não são os blogues; não tenho tempo disponível para estar a investigar sistematicamente a blogosfera.

      3/ O seu comentário só veio dar-me razão acerca da confusão que se instalou acerca daquilo que pode ser motivo de sátira. Torna-se difícil de distinguir aquilo que é supostamente uma sátira, daquilo que não é. Para que essa diferenciação seja hoje notória, o texto da sátira tem que ser jocoso (como, por exemplo, no texto de Voltaire, “Cândido” ). O leitor tem que se aperceber imediata e intuitivamente de que o texto é uma sátira, e, para que isso aconteça, você não deve escrever apenas duas ou três linhas de texto de introdução (como você fez): dou um exemplo.

      Você escreveu o seguinte:

      “Segundo o que um activista de direita dos direitos LGBTT’s conta em seu blogue, a mídia portuguesa “descobriu”, enfim, o que nós brasileiros já sabíamos há muito tempo: a causa do aumento de AIDS entre gays é resultado do desumano preconceito dos porcos heterossexuais. Reproduzo abaixo a postagem:”

      Veja agora o seguinte texto:

      “Segundo o que um activista de direita dos direitos LGBT-XPTO-ABC conta em seu blogue, os me®dia portugueses descobriram, enfim, o que nós brasileiros já sabíamos há muito tempo: a causa do aumento de AIDS entre gays é resultado do desumano preconceito dos porcos heterossexuais. Reproduzo abaixo a postagem:”

      Ao ler a primeira linha do segundo texto, o leitor sabe imediatamente que o texto é uma sátira. Você tem que introduzir um qualquer elemento OBJECTIVO de ridículo no seu texto. Atenção que esta é apenas a minha opinião: não pretendo ser “formador de opinião” de ninguém.


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