Quando os franceses votaram (há cerca de dois anos) no Partido Socialista de François Hollande, a maioria não fazia a ideia do que isso iria representar para a governação de França. Naturalmente que sabiam, por exemplo, que os socialistas não são de direita; mas não sabiam que o socialismo francês (e europeu, já agora) voltaria a adoptar os tiques jacobinos e maçónicos da Revolução Francesa depois da subida ao Poder.
O que se está a passar na União Europeia, com a radicalização à esquerda mas sobretudo à direita, é culpa, em primeiro lugar, dos partidos socialistas em geral que estão cada vez mais sob o jugo da maçonaria jacobina. Por exemplo, o Partido Socialista francês está absolutamente subjugado pelo Grande Oriente de França: quem manda, literalmente, no Partido Socialista francês é a maçonaria jacobina.
Em segundo lugar, a culpa é de uma direita europeia que abandonou os valores e vendeu-se ao dinheiro. Os partidos democrata-cristãos desapareceram da Europa: hoje temos apenas partidos neoliberais que não hesitam em vender a dignidade do ser humano por um prato de lentilhas.
O resultado disto foi o de que, em França, os católicos votaram em massa na Front Nationale de Marine Le Pen — o que parece ser uma contradição, porque a Front Nationale é um partido tanto ou mais laicista do que o Partido Socialista francês. Mas não é propriamente uma contradição porque a Front Nationale é contra as engenheiras sociais jacobinas ("casamento" gay, adopção de crianças por pares de invertidos, procriação medicamente assistida para toda gente, "barriga de aluguer", etc.), por um lado, e por outro lado a Front Nationale representa uma direita dos valores que inclui os valores da Nação.
Foi esta, também, uma das razões por que o Partido Comunista português teve um aumento da sua votação: trata-se de um partido que sublinha o valor da soberania nacional. Ou seja, para além do PNR (que perdeu credibilidade com determinados actos gratuitos de rua), o Partido Comunista é o único partido soberanista português.
O que estas eleições europeias revelaram é que os povos da Europa, em geral, pretendem que os valores (éticos e metafísicos) voltem a fazer parte da política; e pretendem que o processo de integração europeia, a existir, tenha que ser democrático e transparente; ou seja, o actual método político não-democrático de integração europeia foi claramente rejeitado pelos povos da Europa.
Isto significa também que, ou os partidos rotativistas do centrão político (europeísta e “federalista à força”) alteram os seus ideários e práticas, ou tendem a ver diminuir a sua influência na cena política.
Ou então, esse centrão político deverá transformar-se no esteio da construção de um leviatão europeu através de golpes-de-estado constitucionais nos vários países da União Europeia, no sentido de colocar a força bruta do Estado ao serviço de uma sistema anti-democrático de federalização da União Europeia — o que seria o fim da democracia na Europa.
"O que estas eleições europeias revelaram é que os povos da Europa, em geral, pretendem que os valores (éticos e metafísicos) voltem a fazer parte da política."
ResponderEliminarTudo verdade!
A Europa foi tomada pela canalha neoliberal e marxista. Dessa gente já não se pode esperar nada...