quinta-feira, 24 de julho de 2014

Portugal deve ponderar a saída da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa)

 

«Adriano Moreira, antigo presidente do CDS e especialista em Relações Internacionais, considera “absolutamente inaceitável” a inclusão da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O “regime político” ditatorial, a sua “relação com os direitos do homem” e a fraca presença da língua portuguesa no país configuram um “desvio” à essência da CPLP, diz Adriano Moreira à Renascença.

“A CPLP é um valor tão importante para o futuro português que tudo aquilo que ofenda a essência do pensamento que organizou a CPLP pode prever-se que põe em risco interesses portugueses fundamentais porque muda a natureza da organização”, defende.»

Admitir a Guiné Equatorial na CPLP é “inaceitável”, diz Adriano Moreira


A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa) foi criada essencialmente para unir os países de fala portuguesa e, por isso, para a defesa da língua portuguesa no contexto internacional. Ora, o que acontece é que o Brasil, que apoiou e patrocinou a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, tudo tem feito não só para destruir o padrão culto da língua portuguesa, como tenta destruir os próprios fundamentos da organização quando a afasta dos seus propósitos originais.

Veja o leitor o seguinte quadro: o Brasil ostenta o argumento dos seus “200 milhões” para impôr a entrada da Guiné Equatorial na CPLP — mas contribui tanto como Portugal para a organização. Ou seja, o Brasil quer mandar na CPLP sem pagar mais por isso: é um pouco como o Zé Carioca: entra no baile de costas, fingindo que está saindo.

brasil cplp web

Dentro deste contexto, Portugal deve seriamente ponderar a sua saída da CPLP, ao mesmo tempo que se impõe desde já a revogação do Acordo Ortográfico tupiniquim.

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