segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os erros do Taoísmo

 

1/ Os opostos não se anulam;

2/ Os complementares não são opostos.


Depois de estudar as religiões (ou as “filosofias místicas orientais”, como está na moda dizer-se em vez de “religiões”) do Oriente, cheguei à conclusão de que o catolicismo é a forma religiosa mais evoluída.

Temos, por exemplo, o Taoísmo que está na moda nos meios culturais de certas “elites”. Os conceitos de Yang e Yin partem do princípio de que “os opostos se complementam”, por um lado, e por outro lado de que “os opostos se anulam no Tao”.

yang-yinJesus Cristo não negou a existência dos opostos; pelo contrário, chamou-nos à atenção para eles. Mas Ele apelou para a transcendência, para além da imanência: os opostos eram por Ele considerados meios (para algo transcendente) e não fins em si mesmos (como acontece no Taoísmo).

Por outro lado, segundo o Cristianismo original, “aquilo que se opõe não se complementa”: dizer que “duas coisas que se opõem se complementam”, é uma contradição em termos. Só se complementam duas coisas que têm afinidades entre si, embora diferentes entre si. “Complementaridade” significa “diferença”, mas não propriamente “oposição”.

Por exemplo, a complementaridade onda / partícula, na física quântica, não significa que a onda se “oponha” à partícula: significa, em vez disso, que são estados diferentes de existência que encontram, na complementaridade, uma forma de ser. E se a existência se resumisse aos opostos (como defende o Taoísmo e Heraclito), não faria sentido a existência dos neutrões do átomo, que não se opõem a nada.

Finalmente, e ao contrário do que defende o Taoísmo, os opostos não se anulam, porque se isso fosse verdade, teríamos que considerar, por exemplo, o Ser e o Não-ser em pé de igualdade de valor, isto é, teríamos que pensar que seria possível, por exemplo, a existência uma oposição entre o Ser e o Não-ser que redundasse na anulação dos dois. Ora, o Não-ser é uma forma de Ser; e por isso não pode haver uma oposição entre dois conceitos sendo que um deles está contido no outro.

O misticismo, em qualquer religião ou doutrina, só tem valor e é credível se partir de um princípio de respeito pela racionalidade e pela lógica. Foi também esse um dos legados que Jesus Cristo nos deixou através, por exemplo, das suas parábolas.

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