“A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusou a Europa de agir com "hipocrisia" em relação ao Estado Islâmico por continuar a fechar os olhos aos canais de financiamento do grupo extremista.”
→ Catarina Martins acusa Europa de ‘hipocrisia’ no combate a grupos terroristas
Talvez o maior “canal de financiamento” do wahabismo no mundo é a Arábia Saudita; este país torna legal o petróleo extraído ilegalmente pelo Estado Islâmico. De forma implícita, a Catarina Martins defende a ilegalização da Arábia Saudita.
O internacionalismo trotskista e globalista da Catarina Martins não consegue compreender o conceito de “Estado soberano”; este conceito é-lhe estranho.
A Arábia Saudita é um Estado soberano, seja ele uma democracia representativa ou não. É soberana uma entidade cujas decisões não dependem de uma instância superior; falamos de um “Estado soberano” quando sublinhamos a sua independência em relação aos outros Estados.
O conceito de “soberania política” vem dos teóricos da Razão de Estado (Jean Bodin, por exemplo) e dos revolucionários franceses (Rousseau, à cabeça). E por isso é bastante estranho que o conceito de “soberania” seja hoje alienado por uma certa Esquerda dita revolucionária.
Podemos criticar a Arábia Saudita por “branquear” o petróleo do Estado islâmico, mas não podemos deixar de lhe comprar o petróleo.
O que podemos fazer é restringir a entrada dos ditos “refugiados”, dando prioridade às famílias com crianças. Ora é isto que a Catarina Martins não aceita, em nome da aliança circunstancial entre Trotski e Maomé.
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