sábado, 19 de dezembro de 2015

Na Holanda, é legal uma mulher dar a sua “coisa” em troca de lições de condução

 

“The government in the Netherlands has clarified that it is legal for driving instructors to offer lessons in return for sex, as long as the students are over the age of 18.

However, it is illegal to offer sex in return for lessons”.

Driving instructors 'may offer lessons in return for sex', Netherlands government confirms

Quer isto dizer o seguinte: se uma gaja oferecer a “coisa” em troca de uma lição de condução, é legal. Mas se o professor de condução oferecer a lição de condução em troca da “coisa” da gaja, já não é legal.

A legalidade depende de quem pertenceu a iniciativa de dar a “coisa”. Se for a mulher a querer dar a “coisa”, é legal; se for o homem a querer que a mulher dê a “coisa”, não é legal.

Por outro lado, não é legal que se dê a “coisa” em troca de lições de condução; mas já é legal que se dêem lições de condução em troca da “coisa”.

Portanto, para se saber se se deu a “coisa” legalmente, temos que saber, em primeiro lugar, se se deu a “coisa” em troca das lições de condução, ou se se deram as lições de condução em troca da “coisa” — porque, segundo a lei holandesa, as duas situações são diferentes e dependendo da subjectividade de quem deu a “coisa”: porque, se a mulher que deu a “coisa” disser que a deu em troca das lições de condução, segue-se que o professor fica “coisado” em tribunal.

Ademais, esta lei é homofóbica, porque tratando-se de um instrutor de condução gay e de um instruendo gay, não se sabe bem quem deu o “coiso” a quem: ¿será que foi o instrutor gay que deu o “coiso”, ou foi o aluno gay que deu o “coiso”? Tratando-se de dois gays, o tribunal terá eventualmente que fazer uma análise forense ao esfíncter dos dois.


Isto é o que acontece quando o Estado se mete na “coisa”. O que uma mulher faz com a sua “coisa” é do foro ético e estritamente privado, e o Estado não tem que se meter na “coisa” dela. Podemos criticar moralmente uma mulher por dar a sua “coisa” a qualquer um, mas o Estado não tem que transformar a “coisa” da mulher em uma forma de cobrar impostos.

E ainda dizem que o Estado é mais intrusivo em Portugal do que na Holanda!

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