quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A hermenêutica académica

 

“A totalidade social não tem vida própria acima do que é por ela concatenado, e de que ela própria é constituída.

Ela produz e reproduz-se através dos seus momentos singulares. Tão pouco é de dissociar esse toda da vida, da cooperação e do antagonismo social, tão pouco pode um elemento, qualquer que seja, ser entendido meramente no seu funcionamento, sem o discernimento do todo, que tem a sua própria essência no movimento individual. Sistema e singularidade são recíprocos e só podem ser entendidos na reciprocidade”.

→ Habermas, “Polémica do Positivismo”


Vamos “traduzir” este trecho de Habermas:

A sociedade é constituída por relações sociais. As diferentes relações produzem, de qualquer modo, a sociedade. Entre essas relações encontra-se a cooperação e o antagonismo; e uma vez que a sociedade é constituída por tais relações, não pode ser dissociada delas. O inverso é igualmente válido: nenhuma relação pode ser entendida sem as outras.


Uma característica da academia, em geral, transformada em missão, é a de complicar aquilo que é simples e de dificultar o que é fácil. Vejam, por exemplo, este texto da Helena Damião: foi assim que ela aprendeu, e é assim que ela escreve e ensina.

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