domingo, 1 de maio de 2016

A inveja é o combustível da Esquerda

 

Normalmente confunde-se ambição, por um lado, e inveja, por outro lado. Um indivíduo ambicioso pode não ser invejoso; e a inveja é o maior defeito que pode existir. Diz o povo que “nem o invejoso medrou, nem quem à beira dele morou”. Quando nos deparamos com um invejoso, é imperioso que fujamos dele a sete pés.

O ambicioso é aquele que quer ter o que os outros têm; o invejoso é aquele que não quer que os outros tenham. O ambicioso constrói; o invejoso destrói.

Eu não tenho inveja dos ricos; até gosto que eles existam: é bom sinal para a sociedade. Adoro ver Ferraris na rua, mesmo sabendo que não tenho dinheiro para comprar um. Quantos mais Ferraris em circulação, mais eu me sinto confortado, porque revelam que existe dinheiro disponível na sociedade. E quando existe dinheiro na sociedade, toda a gente (uns mais, outros menos) acaba por beneficiar.

Nas décadas de 1970 e 1980, a cidade do Porto era conhecida como a “cidade dos Lamborghini”: havia mais Lamborghini por metro quadrado na cidade do Porto do que em qualquer outra parte do mundo. A Esquerda via esse facto como uma mal, mas eu sempre achei que fosse um bem.

A inveja corrói a mentalidade portuguesa. E essa inveja é a maior arma da Esquerda.

Eu não tenho qualquer objecção em relação ao facto de alguém ganhar 100 vezes mais do que eu — porque não sinto inveja. A minha objecção, em relação ao patronato português, pode ser traduzida por G. K. Chesterton:

«Um homem honesto apaixona-se por uma mulher honesta; ele quer, por isso, casar-se com ela, ser o pai dos seus filhos, e ser a segurança da família.

Todos os sistemas de governo devem ser testados no sentido de se saber se ele pode conseguir este objectivo. Se um determinado sistema — seja feudal, servil, ou bárbaro — lhe dá, de facto, a possibilidade da sua porção de terra para que ele a possa trabalhar, então esse sistema transporta em si próprio a essência da liberdade e da justiça.

Se qualquer sistema — republicano, mercantil, ou eugenista — lhe dá um salário tão pequeno que ele não consiga o seu objectivo, então transporta consigo a essência de uma tirania eterna e vergonha».

— G. K. Chesterton, “Illustrated London News”, Março de 1911.

Não é importante que o patrão ganhe 100 vezes mais do que o operário; o que é importante é que um operário se apaixone por uma mulher honesta, se case com ela, seja pai dos filhos dela, e que seja a segurança da família.

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