sexta-feira, 1 de julho de 2016

A Hélia Correia e a filosofia sem lógica

 

“Dizem que fomos nós, os preguiçosos, os gulosos do Sul, quem fez gorar o projecto da coisa. Por mim, pequena portuguesa, dou o exemplo: vou buscar o esfregão e a vassoura, antes que algum refugiado mos cobice.”
Hélia Correia

O problema da mulher “moderna” europeia é o da substituição dos afectos: em vez de ter filhos, canaliza as suas afeições para os animais de estimação ou para os imigrantes adultos. Há que lembrar-lhes constantemente que um imigrante não é um animal de estimação, e que um animal de estimação não é um filho.


Eu costumo dizer que “a poesia é filosofia destituída de lógica”; talvez por isso é que Platão não gostava de Homero: faltava-lhe a lógica.

No fundo, a demagogia política é uma forma de poesia, em que a retórica assume uma função principal de persuasão sem lógica. E se juntarmos a mulher à poesia, juntamos a dificuldade lógica, por um lado, à sua ausência, por outro lado; e atingimos o superlativo absoluto simples da incoerência.

No século XIX, vivia-se em Portugal muito melhor do que na Prússia. Foi precisa a guerra de unificação de Bismarck, na segunda metade do século, para que a Alemanha começasse a debelar a pobreza. No entanto, a poetisa é contra a guerra, porque a lógica da História é uma batata. E quando a Europa atravessava a II Guerra Mundial — no meio de padecimentos terríveis que todos conhecemos —, Portugal vivia em paz: no entanto, a poetisa diz que, no tempo de Salazar, “Portugal vivia nos subterrâneos da Europa”. Ficamos sem saber o que ela quer: ¿a guerra ou a paz?

O problema da mulher “moderna” europeia é o da substituição dos afectos: em vez de ter filhos, canaliza as suas afeições para os animais de estimação ou para os imigrantes adultos. Há que lembrar-lhes constantemente que um imigrante não é um animal de estimação, e que um animal de estimação não é um filho.

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