segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O Bloco de Esquerda faz parte de uma religião anticósmica




Das duas, uma: ou Mariana Mortágua é uma hipócrita de alto coturno, ou a Esquerda radical transformou-se em uma espécie de religião.

Não é uma religião no sentido tradicional do termo, porque tem uma forte componente anticósmica na medida em que a sua mundividência “religiosa” reflecte apenas a realidade do que se passa para cá da órbita dos satélites artificiais terrestres — tudo o que se passa para além dos satélites artificiais é ignorado pela “religião” da Esquerda radical: o universo está limitado ao mundo sub-lunar das órbitas dos satélites artificiais; para a Esquerda radical, o universo é hoje reduzido a uma espécie de rede de Internet.

Nesta frase da Mariana Mortágua — “O mundo e a humanidade estão a ser salvos pelo povo palestiniano” — podemos ver claramente uma corruptela do Milenarismo herdado do marxismo clássico, que anuncia o “fim-dos tempos” e/ou os “amanhãs que cantam”, e que reflecte a evolução das religiões gnósticas da Antiguidade Tardia ao longo dos séculos — desde o “Evangelho da Verdade” de Valentino, passando pelo medievo Joaquim de Fiore, e até ao moderno Adolfo Hitler.

O verbo “salvar”, utilizado pela Mariana Mortágua neste contexto, induz um significado soteriológico à mensagem política que pretende transformar a ideologia em religião — o que, de certo modo, identifica a Esquerda radical com o Islamismo, constituindo, ambas as ideologias, princípios de ordem política de índole religiosa.

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