“Mendigo, meu amigo vem!
Vem sentar-te à minha mesa
Não te envergonhes da pobreza
Contigo, pobre, é que eu me sinto bem.
Vêem-te ao ombro a sacola
E é só por isso que te dão esmola
Mas ninguém sofre o dor
Que os outros têm, e daí o mal é que provém
Quando por essas ruas vais, sozinho,
Diz-me, acaso já encontraste alguém
Que te fitasse bem, face a face,
E que parasse no caminho?
Alguém a quem abrir o coração
A quem dizer toda a verdade
Abre os teus olhos, não receeis,
Vem, não te envergonhes da pobreza.
Vem sentar-te à minha mesa
E bebe do meu vinho,
E come do meu pão,
Mendigo, meu amigo, meu irmão..."
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