sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Portugueses!, de Portugal e do Minho!


O José, do Porta da Loja, é (normalmente) muito crítico em relação à veracidade dos conteúdos do jornal Correio da Manhã; mas, quando uma “notícia” do Correio da Manhã compromete o Pinto da Costa, ele acredita imediatamente nela — embora salvaguardando a possibilidade de falsidade da dita “notícia”, mas considerando essa possibilidade uma mera hipótese académica.

E o José causídico vai mais longe: cabe ao Pinto da Costa desmentir a “notícia”: quando se trata de Pinto da Costa, a inversão do ónus da prova é absolutamente admissível.

A reacção do José à “notícia” do Correio da Manhã revela a mentalidade ainda hoje prevalecente na capital-do-império-que-já-não-existe: como dizia Salazar, nos seus discursos: “Portugueses!, de Portugal e do Minho!”.

Pinto da Costa é, ainda hoje considerado, pelos lisboeiros, um “português do Minho”.

4 comentários:

  1. Essa citação não está bem. A única vez que Salazar referiu os Minhotos (os Portugueses do Minho) nos seus discursos, foi em Braga, em 1936, no 10º aniversário da Revolução Nacional, com as seguintes palavras:

    «Senhor Presidente da República, Senhor Ministro do Marinha, Oficiais e Soldados, Gentes do Minho e de Portugal...»

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    1. O que você escreve não é verdade.

      Refiro-me, definitivamente e sem qualquer dúvida, a um discurso de Salazar no Terreiro do Paço em Lisboa, ou em 1941 ou em 1936.

      Abriu o seu (dele) o discurso com “Portugueses de Portugal, e do Minho!”. Não tenho qualquer dúvida do que afirmo.

      Para se defender Salazar, não vale tudo!

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  2. Para esclarecimento cabal da questão importa-se de apresentar o discurso e o excerto em que Salazar supostamente usa a expressão «Portugueses do Minho»? Obrigado.

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    1. 1/ não é “portugueses do Minho” (não foi isto que eu escrevi): em vez disso, é “portugueses de Portugal e do Minho”.

      2/ procure você no YouTube, porque eu não tenho tempo disponível.

      É um discurso em que Salazar ainda era muito novo — não tenho a certeza se foi em 1936 ou se em 1941. O discurso foi proferido a uma janela do Terreiro do Paço — tenho a certeza, e sob minha palavra de honra.



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