“Masonry is not godless. But the concept of God they have adopted is different from that of religion. The god of Masonry is an exalted principle. It is at the apex of the evolution. By criticizing our inner being, knowing ourselves and deliberately walking in the path of science, intelligence and virtue, we can lessen the angle between him and us. Then, this god does not possess the good and bad characteristics of human beings. It is not personified. It is not thought of as the guide of nature or humanity. It is the architect of the great working of the universe, of its unity and harmony. It is the totality of all the creatures in the universe, a total power encompassing everything, an energy. Despite all this, it cannot be accepted that it is a beginning this is a great mystery.”
Em termos filosóficos, o conceito de “evolução” defendido pela maçonaria corresponde aproximadamente ao conceito dialéctico de Hegel, que é um processo de evolução rumo a um Absoluto perfeito e prometaico que é imanente (e, por isso, não é transcendente à realidade da natureza material), ou seja, trata-se de um monismo ou panteísmo, em que não existe um Deus criador mas apenas um demiurgo que, alegadamente, é o arquitecto das leis da natureza, e ele próprio (o demiurgo) é a totalidade das partes do universo (o conceito de “Deus sive Natura”, de Espinoza). O demiurgo maçónico — que substitui, na maçonaria, o Deus criador dos monoteísmos — é a totalidade do mundo natural. É de supôr que, em algumas associações maçónicas, e na sequência das influências da gnose da Antiguidade Tardia, o demiurgo (ou seja, o “arquitecto do universo”) seja identificado com a figura bíblica/judaica de Lúcifer.
Tal como em Espinoza, a mundividência maçónica é, essencialmente, uma forma de materialismo, na medida em que condiciona qualquer outra realidade existencial à condição material determinista — o universo material é o paradigma da mundividência existencial maçónica.
Algumas seitas maçónicas admitem a metamorfose órfica: os fragmentos escritos órficos (de Orfeu) sobre o Além referem-se a uma “metamorfose da alma humana”, depois da morte do ser humano físico, em uma divindade (não se trata aqui de um conceito de “metempsicose”). Mas essa divindade órfica e maçónica está sujeita à mesma lógica determinista das leis do demiurgo ou “arquitecto”, a que Fernando Pessoa chamava maçonicamente “O Destino” — e que mais não era senão o determinismo exarado do conjunto das leis naturais “arquitectadas” pelo demiurgo.
Por tudo isto, a maçonaria não vê no surgimento do ser humano na Terra senão uma espécie de processo dialéctico hegeliano de evolução imanente e material, rumo a uma perfeição absoluta e prometaica (rumo a uma espécie de paraíso na Terra). Ou seja, qualquer intervenção directa de um Deus criador na dinâmica da evolução, está colocada fora de hipótese, porque a “evolução” é entendida como um processo autónomo da vontade de um qualquer ser supra-natural — ou seja, a evolução é um processo que se desenrola por si mesmo e a uma “velocidade de cruzeiro”, e em função das leis deterministas arquitectadas pelo demiurgo.
Aqui, a maçonaria diverge do ateísmo naturalista puro: enquanto que, por exemplo, para Richard Dawkins, a evolução não tem qualquer finalismo 1 , para a maçonaria, esse finalismo existe em função de um determinismo que resulta de um “processo evolucionista” que se fundamenta nas leis naturais exaradas pelo demiurgo. Enquanto que, para o naturalismo de Richard Dawkins, a natureza é provida por um “relojoeiro cego” (a natureza é uma “máquina” que funciona sem um fim em si mesma), para a maçonaria, a natureza é uma “máquina” provida por “relojoeiro demiurgo e inteligente” e que tem, em si mesma, uma finalidade determinista e determinada.
Embora a teoria quântica tenha destruído totalmente, sem apelo nem agravo, a mundividência determinista maçónica, a maçonaria continua a defender o evolucionismo determinista para os outros, negando qualquer evolução para si mesma.
Nota
1. A recusa do finalismo na natureza: Descartes defendeu uma coisa semelhante: para Descartes só existia finalismo na ética, mas não na natureza; para Richard Dawkins, não existe nem finalismo na ética, nem finalismo na natureza.
Em cada grau de qualquer rito, a cantiga é diferente, portanto não é correcto dizer o que que "pensa a "maçonaria". O que conta é o que diz Albert Pike. Sem conhecer Pike, "boa noite e bons livros".
ResponderEliminar1/ Não é inteiramente verdade o que você diz. Por exemplo, Albert Pike está distante do Grande Oriente de França (jacobinismo) que, por sua vez, está distante dos ritos escoceses tradicionais (marcados por um Cristianismo gnóstico). O problema é que a maçonaria não é toda igual, o que dificulta a classificação dela. Podemos falar da maçonaria nos seus fundamentos (que é o que eu fiz aqui), mas torna-se difícil e complexo falar das especificidades.
Eliminar2/ Quanto à maçonaria, fala quem sabe por alguma experiência própria.
3/ Não gosto da sua pesporrência. Faz lembrar a pesporrência de um militante do Bloco de Esquerda que me chama de “ignorante” por eu ser, alegadamente, “homófobo”. A pesporrência normalmente indicia fraqueza.
Caro Orlando,
ResponderEliminarA Maçonaria é uma máfia pura e simples. Um clube com objectivos sociais e políticos, nada mais. Dessa seita maldita nada de bom poderá vir...
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