terça-feira, 1 de abril de 2014

A importância do símbolo no baptismo católico

 

Um símbolo não é um mero sinal: os sinais são arbitrários, ao passo que o símbolo só existe em função de uma representação específica. Se retirarmos o Representado de um símbolo, este deixa de existir — ao passo que um sinal (por exemplo, um sinal de trânsito) pode ser alterado sem que o seu significado seja modificado.

O baptismo católico tem um simbolismo (uma coerência simbólica). Quando é concedido a uma criança recém-nascida, é-o em função da vontade expressa pelos pais biológicos ou tutores. Portanto, no caso do par de lésbicas argentinas que pretendem baptizar a filha de uma das mulheres (e não das duas, porque isso seria impossível), o cardeal Bergoglio é de opinião que as duas mulheres, entendidas como “casal” e enquanto tal, devem participar no baptismo católico da filha de uma delas.

Imaginemos agora o seguinte cenário: um soba polígamo africano, com 20 mulheres e 55 filhos, pretende baptizar os seus filhos.

soba africano web

¿O que diria o cardeal Bergoglio? Que sim! — que não haveria problema nenhum que comparecessem na igreja o soba, as 20 mulheres e as 55 crianças baptizantes.

Ou seja, depois de uma “reflexão teológica profunda”, o cardeal Bergoglio chegou à conclusão de que o contexto cultural e comportamental dos adultos, em que as crianças vivem, é irrelevante para o baptismo. Portanto, vemos, ali em cima, uma fotografia do soba africano e a sua prole a caminho do Vaticano para se baptizarem os seus 55 filhos pelo próprio cardeal Bergoglio!, depois de uma “reflexão teológica profunda”.

Apesar da idiota “reflexão profunda” do cardeal Bergoglio — e como vimos no exemplo do soba polígamo africano — o baptismo tem um simbolismo que vai para além do acto de se deitar água na cabeça de uma criança, até porque uma criança recém-nascida não tem vontade própria! E esse simbolismo abarca o contexto cultural em que a criança vive. O cardeal Bergoglio precisa de ler o “Suma Contra Gentios”, de S. Tomás de Aquino: pergunto-me ¿como foi possível ele ter chegado a papa sem o ler?! E, se o leu, ¿por que razão faz de conta que não leu?

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