O Puro Mal não significa “erro”: antes, é a inversão da moral, em que um qualquer acto benigno é concebido como um pecadilho, ou um capricho que contraria a norma. O Puro Mal celebra a inversão da moral e o pecado como sendo grotescas virtudes, sem qualquer sombra de arrependimento; o caminho da iniquidade é sentido com orgulho. O Puro Mal não se limita a ferir quem o escolhe: arrasta consigo uma multidão de pessoas que ele encontra no seu percurso.
O indivíduo que escolheu o Puro Mal não é o arquétipo do ser errático e moralmente confuso: pelo contrário, é inteligente, “razoável”, escolheu conscientemente uma moral invertida que leva ao suicídio da alma, sem qualquer possibilidade de redenção. O Puro Mal causa calafrios, porque chega ao ponto de inverter a própria Razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.