terça-feira, 3 de junho de 2014

O sionismo e a heterogeneidade do povo judeu

 

¿Podemos afirmar que existe um povo português etnicamente homogéneo? Não! Só quem é cego poderia afirmar uma coisa dessas. ¿Podemos dizer que o povo português, porque não é etnicamente homogéneo, não tem direito à sua pátria? Claro que não!

E então por que razão se pode defender a ideia segundo a qual o povo judeu, mesmo que não seja etnicamente homogéneo, não tem direito a uma pátria?! Porque se existem idiossincrasias portuguesas que unem um povo etnicamente heterogéneo, também existem idiossincrasias judaicas que unem o povo judeu etnicamente heterogéneo.

O conceito de “Sião” deriva de um antigo termo hebraico para designar “Jerusalém”, que significa “rocha” ou “fortaleza”, em alusão ao monte onde se situa a cidade de Jerusalém. Isto levou a que, no século XIX, aparecesse um movimento “sionista” que desenvolveu planos para a colonização judaica da Palestina. Theodore Herzl (1860 – 1904), em especial, desenvolveu um programa político que reclamava direitos de Estado soberano sobre o território, programa esse que foi apoiado pela famosa Declaração Balfour de 1917.

Após a II Guerra Mundial e o holocausto, a criação de um Estado Judaico recebeu o apoio das Nações Unidas, e em 1948 formava-se o Estado de Israel.

As teorias da conspiração ligam o sionismo, por um lado, à plutocracia do “grupo dos trezentos”, por outro lado — o que é um absurdo: o apoio que o sionismo tem, por exemplo nos Estados Unidos, é um apoio de base popular (a miríade de confissões religiosas protestantes e radicais de origem calvinista), e não dos descendentes ricos de judeus como por exemplo George Soros ou Bill Gates: pelo contrário, o sionismo é hoje combatido pelo grupo dos trezentos.

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