quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O Portugal ideal de Passos Coelho

 

Em 1974, a C.P., enquanto empresa do Estado, não dava prejuízo.

viagem espinho porto 1974

O José Ribeiro e Castro escreveu o seguinte:

“Ontem, voei de Roma para Lisboa ao fim do dia. Era o TP843 [voo TAP].

logo tapPrimeira surpresa, ao começar o embarque: o voo (que corresponde a uma carreira que a TAP tem há não sei quantos anos) era um "code share" não só com a Alitalia, mas com mais não sei quantas companhias: Egiptian Air, Aegean Airlines, Air China, Croatia não sei quantas, e não sei mais o quê.

E segunda surpresa! Quando chegamos ao avião, o aparelho era de marca branca: não tinha qualquer indicativo e estava integralmente pintado de branco. Era certamente um avião fretado. Um passageiro ao lado disse que reparou numa inscrição Air Namibia, junto da porta, ao embarcar. Eu não vi, mas era o que se debatia à minha volta, quando me sentei; e não devem ter inventado. Toda a tripulação só falava inglês.

À frente, no meu lugar, reparo nas instruções de segurança com uma inscrição BHAir e texto bilingue, em inglês e noutra em alfabeto cirílico. Ou seja, estávamos a bordo da Bósnia-Herzegovina. Fotografei com o iPhone. Suponho que a tripulação também falasse bósnio, o que não verifiquei, pois eu... não falo.

Eu viajava em económica e fiquei bem sentado, que a minha agência deve ter trabalhado bem a reserva. Mas, à minha frente, vinha um casal que viajava em executiva. O aparelho não tinha classe executiva e sentaram-nos na segunda fila, não sentando ninguém no lugar do meio entre ambos. Porém, puseram-nos no meio de um grupo excursionista que não se calou, em grande algazarra, do primeiro ao último minuto. E lá tiveram também que entreter-se com uma sanduíche de contraplacado integral que foi o que foi servido a todos junto com refrigerantes e água.

O voo correu sem incidentes e aterrámos bem. Com uma hora de atraso, que era já o atraso da partida. Poderia ter sido pior. Mas, para isto, poderia ter viajado na Easy Jet ou na Ryan Air. Ou, por que não?, na Bosnia-Herzegovina Air, que foi o que realmente aconteceu. Será este o novo paradigma?

NOTA: Já fui corrigido por leitores atentos. Afinal, BH Air é uma companhia búlgara: Balkan Holidays Air. Daí, afinal, o alfabeto cirílico. Nada com a Bosnia-Herzegovina.”

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