sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O “acidental” e o “necessário”, segundo S. Tomás de Aquino

 

Vemos neste vídeo em baixo, uma metáfora dos conceitos de tomistas (e aristotélicos) de “necessário” e de “acidental”.

O “necessário”, segundo S. Tomás de Aquino, não é desprovido de liberdade: em vez disso, a “necessidade” resulta da inteligência que condiciona e determina o grau de liberdade. Em contraponto, o “acidental” é aleatório e não se guia pelos critérios de necessidade (as leis) que a inteligência imprime à Realidade.

Vemos como os movimentos aleatórios do gato — os factos “acidentais” — podem ser integrados em um desígnio maior através da inteligência que determina a “necessidade”. A construção musical inteligente em torno dos movimentos “acidentais” do gato determinam um nexo causal e musical (com leis próprias e intrínsecas) que dão inteligibilidade e coerência à aleatoriedade dos fenómenos.

Quando as pessoas dizem que “o mundo não faz sentido” — metaforicamente, só vêem os movimentos aleatórios do gato; não conseguem ouvir a música inteligente que integra o “acidental” em um Todo inteligível que dá sentido ao aleatório.

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