“Suponhetemos” que não tivesse existido a migração da Corte portuguesa e a intervenção pombalina:
“Se não fosse pela migração da corte lusitana e a intervenção pombalina, poderíamos ter sido o maior país a desenvolver, de forma homogênea, uma língua indígena.”
→ Rosa Virgínia Mattos e Silva, autora de “O Português são dois”.
É certo que “Mattos Silva” parece ser um nome tupi-guarani. Mas suponhetemos que “Mattos Silva” era um nome português: nesse caso, teríamos que suponhetar que seria mais conveniente às virgo rosarum brasileiras mudar de nome.
No Brasil, o verbo “suponhetar” é muito utilizado pelas elites políticas e académicas. Por exemplo:
“Vamos suponhetar que, em lugar de o Brasil ter sido colonizado pelos portugueses, tivesse sido colonizado pelos ingleses”.
Quando o brasileiro suponheta, transforma a realidade de uma forma mais escorreita. Suponhetando, não é necessário trabalhar com afinco para a transformar. A elite brasileira, através do suponhetamento da História, vai tornando reais os acontecimentos que suponhetadamente nunca aconteceram.
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