sábado, 24 de janeiro de 2015

O D. Quixote de Almada e o Sancho Domingues


quixoteO Padre Gonçalo  Portocarrero de Almada faz lembrar aqueles marxistas (isto é uma analogia, e não uma comparação)  — por exemplo, Raquel Varela — que dizem que “o mal não está no marxismo, mas antes está no estalinismo, no maoísmo, no castrismo, etc.”, e que “o marxismo não tem nada a ver com essas experiências históricas”: é um estado de negação que tem em vista contornar uma dissonância cognitiva imposta pela realidade — como se uma teoria não tivesse que se reflectir na prática e na experiência.

Quem pensa como esses marxistas entra em contradição com o próprio princípio “científico” atribuído por eles ao marxismo, na medida em que um dos princípios fundamentais da ciência é o de que a experimentação (ou experiência) deve corroborar a teoria.

O Padre Gonçalo  Portocarrero de Almada é hábil no discurso; o curso de Direito fez-lhe bem. O Padre faz também lembrar um outro Marx, o Groucho, quando perguntava: “¿Acreditas naquilo que os teus olhos mentirosos vêem, ou acreditas naquilo que eu te digo?”

Perante os dislates do papa Bergoglio, o Padre saiu a terreiro, tal D. Quixote montado no seu cavalo Rocinante, em defesa da camponesa que ele idealiza como uma nobre princesa a que o verdadeiro D. Quixote chamava de "Dulcineia del Toboso".

O Sancho Pança é o Frei Bento Domingues. Temos, portanto, a “Francisca del Toboso”.

Tratando-se de uma sensível, pura, bela e nobre donzela, “Francisca del Toboso” é sempre mal interpretada pelo mundo que não consegue perceber a candura e a poesia das suas palavras. Trata-se de um mundo mau que não consegue captar a pureza sublime das intenções de tão nobre alma. Portanto, o mal não está na nobre “Francisca del Toboso”, mas antes o mal está nos moinhos de vento que é preciso combater.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.