sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A Carta aos Gregos

 

O problema da Carta aos Gregos é o de que implicitamente se tenta branquear o despesismo e a fuga sistémica ao fisco na Grécia anterior à  bancarrota. É como se tudo o que se passou antes de 2011 na Grécia nunca tivesse acontecido. Ora, não podemos ter razão em qualquer crítica a Passos Coelho quando fazemos de conta que a situação na Grécia (ou em Portugal) não se deveu a uma má governação anterior a 2011.

A Carta aos Gregos é um albergue espanhol.

Eu até concordo com algumas posições de Bagão Félix, mas não concordo de todo com os pressupostos ideológicos, por exemplo, de Francisco Louçã. E o facto de ambos assinarem a mesma Carta retira-lhe qualquer fundamentação metajurídica coerente — ou seja, é como se partíssemos do princípio de que essências diferentes pudessem produzir substâncias iguais.

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