domingo, 1 de fevereiro de 2015

Frei Bento Domingues: um dogmático que condena o dogma

 


Já demonstrei aqui, por várias ocasiões, que o Frei Bento Domingues é um psicótico, e este texto vem mais uma ver dar-me razão. Mas, desta vez, vou-me cingir apenas uma frase do Frei Bento Domingues:

“Seja como for, o seu pontificado retomou, de forma original e surpreendente, o impulso meticulosamente abafado de João XXIII (1881-1963).

Este filho de camponeses pobres, de Sotto il Monte (Bergamo), foi uma bênção inesperada para um mundo dividido e ameaçado por um confronto nuclear. Já muito idoso teve a ousadia de provocar um abalo sísmico numa Igreja obsessionada com dogmas e anátemas, ao convocar o Vaticano II, o concílio do acolhimento universal e do diálogo irrestrito.

Consta que este bispo pobre, piedoso e cheio de humor sempre se sentiu bem na companhia de hereges, cismáticos e não-católicos. Destruiu barreiras e construiu pontes, em todas as direcções, sem nunca se julgar infalível.”

AS VANTAGENS DE NÃO SE JULGAR INFALÍVEL

Em teologia, dogma é um conjunto de posições características de uma religião.

¿É possível uma religião sem dogmas? Não! ¿Pode realmente crer-se e admitir simultaneamente que aquilo em que se crê é duvidoso e incerto? Não! Uma religião sem dogmas é uma simples filosofia. Não é possível conceber a transcendência religiosa sem símbolos que implicam um dogma.

Mas podemos ir mais longe: no significado comum, o dogma é ponto de uma doutrina estabelecido e considerado intangível e indiscutível numa escola filosófica ou religiosa, numa ideologia política, num paradigma científico, etc.  — ou seja, também há dogmas na ciência: a fé do cientista é a maior que existe, porque é inconfessável.

Então, ¿como é possível ao Frei Bento Domingues defender uma religião (Cristianismo) sem dogmas? Por uma razão simples: estamos em presença de um estúpido que ganhou notoriedade a expensas de uma comunicação social endogenamente estúpida. Pela lei universal da afinidade, a estupidez atrai estupidez.

A hermenêutica do Novo Testamento, para além de correr o risco de ser especulativa, é e será sempre uma possibilidade ao alcance de uma pequeníssima minoria — e neste sentido, ao criticar os dogmas, o Frei Bento Domingues defende uma visão elitista do Cristianismo. Não há como fugir a isto senão transformando a religião em assunto para eruditos. Tudo o resto é utopia. E só há uma alternativa, se os dogmas existentes não cumprirem o seu papel: criar novos dogmas (é o que tem feito a ciência que se vem transformando em uma religião imanente e materialista).

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