sábado, 14 de fevereiro de 2015

Quem não caminhar cinco quilómetros por dia não terá direito ao Serviço Nacional de Saúde

 

Imagine o leitor a seguinte notícia:

“David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que o cidadão que não caminhar cinco quilómetros por dia não terá direito a acesso aos serviços de saúde do Estado.

Mais defendeu que só aqueles cidadãos que fazem jogging diário terão direito a eventuais cirurgias gratuitas.

E afirmou também que as profissões que exijam que uma pessoa permaneça sentada grande parte do dia — por exemplo, os informáticos, ou os pilotos de avião — tenham que pagar taxas acrescidas quando se dirijam a qualquer instituição do Serviço Nacional de Saúde”.


Agora, vamos à  notícia real: David Cameron defende que as pessoas obesas que recusem tratamento deixam de ter direito a benefícios do Estado (Serviço Nacional de Saúde, subsidio de desemprego, etc.)

O princípio mórbido não são os obesos mas a opinião de David Cameron; e esse princípio utilitarista já está na notícia: a seguir, esse princípio poderá ser aplicado a qualquer cidadão, a qualquer pretexto. Isto é o “liberalismo” actual — também de Passos Coelho —  que se confunde com o politicamente correcto ou marxismo cultural.

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