Se eu fosse militante de um partido político, não participaria em candidaturas ou “manifs” de pessoas ou forças políticas que se opusessem ao meu partido. Mas isso sou eu; e por isso é que eu não sou militante de nenhum partido político, para poder preservar a minha liberdade de mudar de opinião em relação a todos os partidos políticos, e a qualquer momento.
Isto não significa que não possam existir divergências entre um determinado militante de um partido político e a cúpula directiva desse partido. Por exemplo, Manuela Ferreira Leite — que é militante do Partido Social Democrata — tem tido divergências em relação a Passos Coelho; mas não vemos Manuela Ferreira Leite a participar em reuniões e conferências de forças políticas (sejam pessoais ou partidárias) que se opõem ao Partido Social Democrata.
Em função do supracitado (e a não ser que eu esteja errado), a participação do José Pacheco Pereira em debates de forças políticas que se opõem ao Partido Social Democrata de que ele é militante, constitui uma afronta directa a todos os militantes desse partido.
Em política como na ética, o juízo do comportamento dos indivíduos é objectivo e não em função de putativas intenções. “De boas intenções está o inferno cheio”. O que interessa no juízo dos actos é a sua consequência objectiva e concreta. E, portanto, as eventuais intenções do José Pacheco Pereira exaradas neste texto caem em saco roto.
Naturalmente que o José Pacheco Pereira está à espera que o Partido Social Democrata o expulse do Partido, para depois se armar em vítima. Espero que a cúpula do Partido Social Democrata não caia nessa armadilha.
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