sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A vitória de Pirro

 

Há facetas do Front National de que eu não gosto; por exemplo, um partido pode ser patriota sem ser chauvinista — o que não é o caso do Front National. Mas quando se diz, nos me®dia, que o Front National foi derrotado nas eleições de ontem, o que se constata é uma vitória de Pirro.

marine-le-pen-webEm vez de se irem às causas do crescimento do Front National, os me®dia e a classe política instalada preferem dizer que a Marine Le Pen é de “extrema-direita” — como se o rótulo funcionasse como uma espécie de exorcismo; estamos no campo das palavras mágicas da tribo arcaica que afastam os demónios.

Quando a palavra “Pátria” passou a ser demonizada simultaneamente pela classe política controlada pelos herdeiros do internacionalismo marxista, por um lado, e pela plutocracia neoliberal, por outro lado, não admira que Marine Le Pen tenha o sucesso que tem. Invocar a Pátria, no discurso político, é hoje uma heresia em relação ao dogma globalista.

A União Europeia foi, em primeiro lugar, uma confederação de pátrias, uma união de nações. Mas depois a burocracia de Bruxelas tomou o Poder, desprezando a herança espiritual da Europa. E quase tudo o que aparece publicado hoje nos me®dia, e defendido pela classe política “europeísta”, faz transparecer o desprezo por essa herança espiritual.

Foi o desprezo laicista (radical e maçónico) em relação à herança espiritual da Europa que está na origem da abertura política em relação à imigração muçulmana desenfreada. Ou seja, perante o imperativo do exercício de um laicismo radical, os próprios laicistas sucumbem à importação de uma herança religiosa e cultural estranha à História e à cultura da Europa — porque o laicismo radical teve como consequência, por exemplo, na cultura antropológica, a diminuição da taxa de natalidade dos autóctones europeus.

Existe nas elites europeias uma loucura em estado incurável, e essa loucura é facilmente constatável pelo senso-comum provido de bom-senso; este sistema político, burocrático e insano, já não tem cura. A alternativa saudável é a libertação em relação à burocracia de Bruxelas. E é isso que alimenta o Front National, mas os me®dia e os seus mandantes, e os sibaritas da classe política, continuam em estado de negação clamando por uma vitória de Pirro.

Marine d'arc web

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