quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O Nelson Nunes acerca de Pedro Arroja

 

O Pedro Arroja incomoda; senão, vejamos este texto no jornal Púbico assinado por um tal Nelson Nunes que quase ninguém conhece.

O primeiro argumento contra Pedro Arroja é uma falácia conhecida como Argumentum Ad Novitatem: alegadamente, o Pedro Arroja “cheira a mofo”, é antigo; e por isso não tem razão.

Obviamente que, neste vídeo, Pedro Arroja associa ideologicamente “Deus” com “Natureza”.

foi cesarianaMas o Nelson Nunes não foi capaz de detectar a associação ideológica. O que incomoda o Nunes e quejandos é o facto de a mensagem de Pedro Arroja ser de uma grande eficácia em relação à cultura antropológica portuguesa. Pedro Arroja “descomplicou” alguns conceitos complexos em uma linguagem acessível ao comum dos portugueses; e isso incomoda o Nunes.

Depois, o Nunes adopta uma outra falácia: o ad Hominem. “O Arroja é estúpido”, e por isso não tem razão. “¿E por que razão o Arroja é estúpido? Porque associou a Natureza, por um lado, e Deus, por outro lado”.

Por estes dias, invocar a Natureza para tentar compreender o ser humano, é uma estupidez. Dizer que a Natureza nos fez homens ou mulheres, é próprio de um estúpido. E mais: segundo o Nunes, os fundamentos da Natureza são alteráveis:

“Arroja é apenas um exemplo num mar de gente que tem civilização a mais sobre os ombros. Há quem lhes chame preconceituosos, mas é mais que isso. Este tipo de pessoas está encurralado numa imensidão de regras que, a seu ver, é totalmente inalterável.

Ideias de ontem que, crêem, se aplicam ao agora. Esquecem-se, ou nunca lhes explicaram, que a tradição cultural que se traz atrás quando se nasce é feita de toneladas de ideias fabricadas e inventadas, mastigadas e regurgitadas, que de um momento para o outro podem tornar-se obsoletas. E, no fim de contas, acaba-se a ir à televisão dizer que a mamã não sabe fazer pilinhas, que deus nosso senhor é que conhece a receita fálica”.

Ou seja, os fundamentos da natureza humana podem alegadamente tornar-se “obsoletos” por obra e graça de gente como o Nunes, utilizando a força bruta do Estado. Isto tresanda a União Soviética. Alegadamente, “é o Estado, através da imposição da lei, que define a natureza humana”. E quem não concorda com isto, é estúpido; obviamente.

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