domingo, 28 de fevereiro de 2016

As estórias da Teresa de Sousa

 

A Teresa de Sousa escreve sobre política como se tratasse de uma estória de embalar meninos renitentes ao sono; e, no fim da estória, longa, acabamos todos por adormecer.

teresa-de-sousa-webQuando sabemos que não temos razão acerca da realidade, construímos uma estória rebuscada e o mais confusa possível, misturando alhos e bugalhos, de modo a que os nossos leitores se embrenhem em uma fantasia que os transporte para o domínio da utopia onde o concreto se esbate e dá lugar ao subjectivo “à la carte”.

Em nome da “razão”, a Teresa de Sousa defende a construção de um leviatão na Europa.

A não ser que um leviatão seja racional, a Teresa de Sousa entra em contradição; ou seja, ela não tem razão. Ou então terão que me demonstrar a existe alguma racionalidade na construção de um leviatão europeu.

O que significa “leviatão”?

O Leviatão é um monstro bíblico, do qual fala o Livro de Jó, afirmando que “sobre a Terra, nenhum é seu mestre”. No texto da Bíblia, o poder terrestre do Leviatão é evocado para simbolizar a que ponto ele ultrapassa o poder celeste de Deus.

O “filósofo” Hobbes retoma o conceito de “leviatão” no século XVII na sua obra “Leviatão” que designa o Estado e sublinha o seu poder absoluto. A teoria absolutista do Poder, que Hobbes desenvolve, fez do conceito de “Estado” o símbolo do carácter monstruoso do Estado moderno (que a Teresa de Sousa apoia) — “o mais frio dos monstros frios”, segundo Nietzsche —, devorando as forças vivas do indivíduo.

A contradição e a irracionalidade da Teresa de Sousa consiste em chamar de “democrática” a construção de um leviatão (um absolutismo) na Europa.

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