segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Criacionismo e evolucionismo

 

Tenho sido instado (no Twitter) a apoiar o criacionismo.

Se o criacionismo é a ideia segundo a qual o universo teve um princípio e é um efeito de uma Causa Primeira a que chamamos Deus, então sou criacionista. Mas se o criacionismo inclui nele, por exemplo, a ideia de que os dinossauros viveram há cinco mil anos, então peço licença para não ser criacionista.

De modo semelhante, se “evolução” é um processo através do qual o insondável (Deus) se apresenta no espaço-tempo, e por isso, se “evolução” subentende que o espírito, a alma e a razão são produtos de uma evolução, então o termo “evolução” não representa qualquer problema.

Mas se o termo “evolução” for entendido em termos meramente materialistas (conforme a síntese moderna do darwinismo), então, o facto da verificação da autoconsciência e a possibilidade de acesso à dimensão das verdades perenes, destrói este quadro e esta mundividência evolucionários — e, neste último caso, não sou evolucionista.

“A teoria evolucionista/darwinista é um mito — assim como o criacionismo bíblico é um mito — porque é impossível explicar a mutação das formas.” – Eric Voegelin

1 comentário:

  1. «Mas se o criacionismo inclui nele, por exemplo, a ideia de que os dinossauros viveram há cinco mil anos, então peço licença para não ser criacionista.»

    Uma vez ouvi um criacionista a tentar argumentar na televisão que a prova de que os dinossauros existiram na Idade Média, eram as imagens de dragões e gárgulas que abundam na arte e arquitectura das catedrais.

    São esse tipo de pessoas que dão má imagem a todos os cristãos, porque fazem os cristãos passar por pessoas muito burras e estúpidas.

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