terça-feira, 7 de junho de 2016

A guerra do papa Chico contra o clericalismo

 

papa-freak-webO conceito de “clericalismo” mudou: no século XIX, era concebido como a influência da Igreja Católica na política. Com o papa Chico, “clericalismo” passou a ser “hierarquia da Igreja Católica”. O papa Chico aproveita-se da posição que ocupa na hierarquia para demolir a hierarquia.

A vida é feita de hierarquias, e só a morte é totalmente democrática. A alternativa à hierarquia é a anarquia e a dissolução. Quando este papa critica a hierarquia, defende a dissolução.

Tal como acontece com o politicamente correcto em geral, o papa Chiquito identifica “hierarquia” com “desigualdade”: a hierarquia é vista como sinónimo de desigualdade.

E, segundo este raciocínio, para que os laicos católicos seja iguais ao clero, é preciso acabar com o clericalismo, ou seja, com a hierarquia.

Os direitos e deveres são dissociados: todos têm os mesmos direitos independentemente dos deveres. Um Bispo tem deveres acrescidos dentro da estrutura da Igreja Católica, mas (segundo o papa Chico) deve ter os mesmos direitos de decisão evangélica de um qualquer laico. No fundo, o que o papa Chiquinho defende é uma inversão da hierarquia, em que o laico está livre de alguns deveres e passa a ter direitos acrescidos.

Esta dicotomia, criada pelo papa-açorda, entre o clericalismo e a laicidade, é falsa.

Os laicos têm e terão sempre liberdade de agir dentro da Igreja Católica, embora sob escrutínio da hierarquia. A ideia do papa-açorda segundo a qual “os laicos devem operar em roda livre” e sem supervisão da hierarquia, conduzirá à pulverização da Igreja Católica e à sua “protestantização”.

O papa Chiquitito defende uma Igreja Católica protestante.

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