sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Isabel Moreira tem um raciocínio estalinista

 

Afirmar que a Isabel Moreira tem um raciocínio medieval é um insulto à Idade Média. A Isabel Moreira tem um raciocínio estalinista.

“Ao cuidado de Henrique Monteiro que não sabe, claramente, o que são os denominados ‘crimes de ódio’ ou ‘incidentes de ódio’. Apenas para perceber que por exemplo, difamar com base na orientação sexual, como noutras categorias historicamente reprimidas, é efectivamente um crime agravado, por exemplo”. Foi assim que Isabel Moreira começou um texto no Facebook direccionado a Henrique Monteiro.

Isabel Moreira

isabel-moreira-jc-webSe eu afirmar publicamente, por exemplo, que “está provado cientificamente que o tipo de comportamento sexual gay é um problema grave de saúde pública”, incorro em “crime de ódio”, porque (tal como a Isabel Moreira disse) a minha afirmação pode ser interpretada como “difamação”.

Dizer a verdade, para a Isabel Moreira, é “difamar”.

A Isabel Moreira não está a falar de violência física — que é punível pelo Código Penal, em geral, e não só em relação às “minorias historicamente reprimidas”. A Isabel Moreira refere-se à necessidade de criminalização da opinião: quem tiver uma opinião que não coincida com o politicamente correcto, incorre em “crime de ódio”, ou em “incidente de ódio” que também deverá ser punível.

O que a Isabel Moreira e o politicamente correcto fazem, é colocar em um mesmo plano, a opinião, por um lado, que pode até corresponder à verdade dos factos; e, por outro lado, a violência física ou atentado à integridade física de alguém.

Ao considerar que a opinião — mesmo que falsa — é comparável à violência física, a Isabel Moreira revela o totalitarismo do movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros] e do politicamente correcto.

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