segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A evolução ideológica da Esquerda: “o acto sexual não é importante para a transmissão da SIDA/AIDS”

 

Na sua sanha contra a Tradição que já vem do Iluminismo mas principalmente do século XIX, a Esquerda coloca em causa a Lógica e a própria realidade e a natureza das coisas. Se for necessário afirmar que “o mundo não existe”, para que, com essa afirmação, se coloque em causa o pensamento tradicional, a Esquerda não hesita em fazê-lo.

Mas podemos perguntar: afinal, ¿a Tradição não morreu?!

Para a Esquerda, a Tradição não pode morrer, porque sem a Tradição (ou sem o fantasma desta), a Esquerda não sobreviveria. O anti-tradicionalismo da Esquerda só é provido de sentido e de significado no âmbito dessa oposição a uma Tradição que vem de Platão e Aristóteles, e que se consolidou com o império romano e, mais tarde, com a Igreja Católica. A Tradição é o “ódio de estimação” da Esquerda e, por isso, a Tradição não pode morrer.

E quando a sociedade (em geral) desvaloriza a oposição da Esquerda em relação à Metaxia, ou seja, quando a sociedade aceita, benevolente, as teses de oposição da Esquerda em relação à Tradição e as integra no ordenamento jurídico, acontece um esvaziamento do sentido e do significado da Esquerda; e, num esforço de sobrevivência, a Esquerda tem que se reinventar (ou seja, radicalizar) na sua oposição sistemática em relação à Tradição (a trindade romana: religare, auctoritas, traditionem) — o que significa literalmente “oposição sistemática em relação à realidade”.

Ou seja, para a Esquerda, se a Tradição não existisse, teria que ser inventada. Aquela não pode viver sem esta.

Depois da legalização do "casamento" gay, da adopção de crianças por pares de invertidos, da "barriga de aluguer", etc. — a sociedade desvalorizou a lógica do sentido de oposição da Esquerda em relação à Tradição. Perante este esvaziamento do sentido do reviralho esquerdista, a Esquerda necessita de se reinventar constantemente no âmbito dessa vital oposição à Tradição.


É neste contexto que surge nos Estados Unidos a reivindicação das casas-de-banho públicas assexuadas, por exemplo; ou que, em uma recente conferência da ONU realizada na África do Sul, surge a ideia segundo a qual a propagação da SIDA tem menos a ver com o comportamento sexual do que com a homofobia, sexismo e racismo. Estas conferências da ONU fazem lembrar a ideia de “imbecil colectivo”, de Olavo de Carvalho: “O 'imbecil colectivo' é uma comunidade de pessoas de inteligência normal ou superior que se reúnem com o propósito de imbecilizar-se umas às outras”.

 

lobotomy

 

Voltamos hoje ao Romantismo (e ao Positivismo, que é o Romantismo da ciência traduzido no cientismo) dos séculos XVIII e XIX: “a culpa não é do comportamento do indivíduo!: a culpa é da sociedade!” (o “bom selvagem” de Rousseau).

Este tipo de abordagem em relação ao problema traduz-se em uma infinita insolubilidade do problema: o problema nunca poderá ser resolvido ou mitigado, porque a Esquerda vive à custa da existência do próprio problema, e por isso não lhe interessa a sua solução — porque o problema só se resolve, ou se mitiga, adoptando padrões do pensamento lógico característicos da Tradição que a Esquerda renega.

1 comentário:

  1. https://www.youtube.com/watch?v=yHvjsHxQYS0

    Guillaume Faye & as bruxas😛

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