domingo, 23 de outubro de 2016

O prémio Nobel é histriónico

 

Theodore Dalrymple escreve o seguinte sobre a “poesia” de Bob Dylan :

As to the supposed poetry, it seems to me not merely bad, but—except for an occasional line or two—authentically awful. It isn’t even funny like the verse of William McGonagall, a previous claimant to the honor of the worst poet of the English language. His most famous poem, “The Tay Bridge Disaster,” begins:

Beautiful Railway Bridge of the Silv’ry Tay!
Alas! I am very sorry to say
That ninety lives have been taken away
On the last Sabbath day of 1879,
Which will be remember’d for a very long time.

These are not necessarily the worst of McGonagall’s lines: As another poet, Gerard Manley Hopkins, put it (in a more existential context), “No worst, there is none.”


Perdemos o sentido das proporções: tudo passou a ser relativizado, e por isso, a hipótese de um “belo absoluto” é eliminada; e sem um ideal de belo absoluto, qualquer coisa pode ser considerada bela; deixa de haver qualquer critério de belo.

Quando a arte se subordina à política, quando os critérios de avaliação do belo se subjugam aos interesses políticos de circunstância, adoptamos um filinistinismo politicamente correcto — muito pior do que o filinistinismo burguês do século XIX, porque este, pelo menos, adoptava os critérios aristocráticos ou tradicionais de beleza.

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