segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Faz-nos muita falta a Vera Lagoa

 

A Maria João Avilez escreve aqui um texto que se deve ler. Começa a aparecer gente que está a “sair da casca” (está a sair da espiral do silêncio), e que, por isso, tem que ser reprimida pela Esquerda. Essa Esquerda inclui o Partido Socialista do António Costa; não tenham dúvidas nenhumas; por detrás daquele sorriso de monhé vendedor ambulante mora um filho-de-puta — por detrás de cada “progressista” está um sargento da polícia. Nada pode curar o “progressista”: nem sequer os frequentes ataques de pânico causados pelo “progresso”.

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Há alguns anos que eu venho a chamar à atenção do fenómeno do marxismo cultural. Final- e felizmente começam a aparecer pessoas que “saem da toca” dos seus comodismos para denunciar o avanço de um totalitarismo aparentemente “mole”, mas que poderá rapidamente “endurecer”.

A Maria João Avilez diz que “a coisa” ainda não chegou cá; mas, desde que o Jaime Nogueira Pinto foi proibido de falar em uma universidade, eu soube logo que “a coisa” já cá está dentro.

estudantes-universidade-web“Lá fora tudo “isto” está em estado de mais adiantada convulsão mas é fraco consolo: algo nos separa – para pior — do resto da Europa democrática e dos Estados de Direito a que gostamos de dizer que pertencemos.

Separa-nos uma fractura que agrava a vulnerabilidade da nossa condição face à dimensão da catástrofe: o caminho está livre (ou parece livre) para ela, não há entrave, nem resposta aos novos proprietários.

Refiro-mo obviamente a esse imenso espaço (metade do país?) do PS para a direita. Pouco o representa, poucos dele cuidam a não ser partidos exaustos e envelhecidos e meia dúzia de respeitáveis (e resistentes) políticos ou intelectuais.

Não há instituições que se reclamem desse espaço, há pouco vigor, são escassas as iniciativas doutrinadoras ou políticas por ele produzidas. A discordância é expressa quase em surdina e desastradamente, e basta pensar na CIP para só citar um exemplo. Quanto à Universidade, faz pagar caro a professores e mestres fora do reduto da esquerda e agora fora do jardim envenenado do pensamento único ou da tirania do politicamente correcto”.

Aqui, não concordo com a Maria João Avilez. Continuamos a inventar álibis internos, quando o problema vem de fora e principalmente da União Europeia. Por exemplo, o Tribunal Europeu dos "Direitos Humanos" é um tribunal dos “direitos desumanos”, ou um tribunal dos direitos de braguilha, uma peça da engrenagem política das engenharias sociais que nos são impostas a partir de Bruxelas. Ora, os direitos de braguilha são essenciais para controlar a populaça.

“O caminho está livre” — como diz a Maria João Avilez —, mas quem abriu a picada foi a União Europeia; quem apoia abertamente as engenharias sociais e o presentismo cultural da Esquerda, é o leviatão da União Europeia.

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O grande inimigo dos países da Europa é a União Europeia. E a chamada “direita” portuguesa não pode ter “sol na eira e chuva no nabal”; e é essa uma das razões por que não há discordância audível e clara por parte da “direita”; ou se pertence ao Euro e à União Europeia, e, neste caso, tem que se “comer tudo o que vem no pacote”; ou não se pertence ao Euro e há problemas com a França e com Alemanha — como é o caso da Polónia, da Hungria, e até do Reino Unido, que não querem “comer” tudo o que vem no pacote da União Europeia do Directório Globalista.

A actual direita de Passos Coelho e de Assunção Cristas só discorda publicamente do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista de António Costa, em questões de lana caprina. O que se passa é o seguinte:

Os debates públicos entre a Esquerda e a Direita são muito animados (por exemplo, entre a Mariana Mortágua e o Adolfo Mesquita Nunes), mas a grande animação (artificial) dos debates serve apenas para esconder do povo a fraca discordância no que diz respeito às mundividências e aos valores essenciais.

vera-lagoa-webAo contrário do que diz a Maria João Avilez, o espartilho da Direita portuguesa vem (é imposto pela) da União Europeia — basta olhar para o que anda a fazer a Angela Merkel, que se diz de Direita; ou o Macron, que diz que não é de Esquerda, mas que é do “Centro”. Até o papa Chico diz que “não é de Esquerda”, mas o Bloco de Esquerda concorda com ele em tudo o que diz respeito a posições políticas seculares e mundanas.

Vivemos em uma tempestade perfeita.

Por isso é que o Donald Trump é “faxista” e “nazi”, porque veio incomodar os donos da tempestade. Por isso é que quem discorda do Bloco de Esquerda, no que quer que seja, é “faxista” — e ninguém da “direitinha” portuguesa gosta que lhe chamem de “faxista”.

¿Então faxisto?! Faz-nos falta a Vera Lagoa.

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