quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Por detrás do libertarismo do Ludwig Krippahl, dorme um sargento da polícia

 

Disclaimer: eu considero que o PNR (Partido Nacional Renovador) é um partido político tão estatista (defensor de um Estado omnipotente) como é o PSD do Rui Rio, ou como é o Partido Socialista do António Costa. Eu tenho imensa dificuldade em apoiar um movimento político que defenda a ideia de um Estado plenipotenciário que controla as nossas vidas.

Estou totalmente de acordo com Kant neste aspecto:

“Um governo que fosse fundado sobre o princípio da benevolência para com o povo — tal o do pai para com os seus filhos, quer dizer, um governo paternal —, onde, por consequência, os sujeitos, tais filhos menores, incapazes de decidir acerca do que lhes é verdadeiramente útil ou nocivo, são obrigados a comportar-se de um modo unicamente passivo, a fim de esperar, apenas do juízo do chefe do Estado, a maneira como devem ser felizes, e unicamente da sua bondade que ele o queira igualmente — um tal governo, digo, é o maior despotismo que se pode conceber.”

→ Kant [Teoria e Prática, 1793]

Se existisse em Portugal um partido da estirpe do UKIP (do Nigel Farage, mas já não a Front Nationale da Marine Le Pen que é semelhante ao P.N.R.), teria o meu voto; mas não existe tal espécie de partido em Portugal. Eu sou um pária partidário.


Posto isto, vamos a esta anormalidade ideológica do Ludwig Krippahl.

Em primeiro lugar, o conceito de “extrema-direita”.

Se considerarmos (por hipótese absurda) que o Partido Comunista pertence ao centro político, então segue-se que tudo o que estiver à direita de Estaline é de “extrema-direita”. Neste sentido, o presidente G.W. Bush foi considerado de extrema-direita; mas depois a febre esquerdista passou. E seguiu-se o Sarkozy, também considerado de extrema-direita; mas a mania esquerdopata passou. Seguiu-se o senador e candidato presidencial americano McCain (recentemente falecido), que a Esquerda americana apodou de “extrema-direita”; a moda passou, e recentemente já não era considerado de extrema-direita. Seguiu-se o Donald Trump, que passou a ser o novo rótulo de “extrema-direita”; mas agora já existe uma outra coqueluche: o Jair Bolsonaro, que, segundo a Esquerda, é ainda mais extrema-direita do que o Donald Trump!

Ou seja, quem não é da Esquerda marxista (ou marxizante — porque existe outro tipo de Esquerda que não é nem marxista nem marxizante), então é de “extrema-direita”. Só uma besta tem este tipo de raciocínio; aliás, este tipo de arquétipo mental assusta, porque é intrinsecamente totalitário.

Por detrás do libertarismo do Ludwig Krippahl (e o de uma certa Esquerda marxista cultural), lucubra um sargento da polícia.

Em segundo lugar, a ideia do Ludwig Krippahl segundo a qual “o Estado deve oferecer dinheiro às pessoas saudáveis que não gostem de trabalhar”, alimentando assim uma cultura da preguiça.

Para o Ludwig Krippahl, quem não quer trabalhar deve ser premiado pelo Estado, com dinheiro à borla. Para o Ludwig Krippahl, o dinheiro do Estado não é o dinheiro dos contribuintes: é uma espécie de dinheiro que cai do céu, em uma manifestação metafísica de hipostasia dos novos deuses da Esquerda.

Em terceiro lugar, o Ludwig Krippahl vem com o argumento idiota ad Novitatem: “os tempos modernos”. Alegadamente, o que é moderno é que é bom! O antigo não presta!. E o argumento ad Novitatem do Ludwig Krippahl justifica, assim, a existência da classe dos Pneumáticos dos gnósticos modernos, que demonstram uma benevolência virtuosa em relação aos novos Hílicos (que, neste caso concreto, são os ciganos). E dizem os esquerdistas que não são racistas!. A Esquerda abraça a ideia elitista de Platão (na República), segundo a qual o povo é ignaro e, por isso, tem necessidade do poder absolutista do rei-filósofo.

A ideia de sociedade defendida pelo Ludwig Krippahl é assustadora. Não é verdadeira: é assustadora. É assustadora porque pretende impôr uma determinada visão totalitária à própria sociedade — e (pasme-se!) em nome da “liberdade”. Gente como o Ludwig Krippahl tem que ser combatida com todo o tipo de armas. Trata-se de uma guerra total.

A ideia segundo a qual “o trabalho pago irá ficar para uma minoria cada vez mais pequena de especialistas” foi defendida pelo Obama (enquanto presidente dos Estados Unidos) para justificar o globalismo defendido pela plutocracia americana. Ver vídeo abaixo. Atenção! “Globalismo” não é o mesmo que “globalização”!

 

Entretanto, com a política de Donald Trump, não só o desemprego atingiu mínimos históricos, como a economia americana está a crescer a mais de 4% ao ano. Ou seja, o Donald Trump (o tal da “extrema-direita”) está a fazer crescer os salários dos americanos — ai! o fassista! Então ¿fachisto?!

Ou seja, a tese do Obama e do Ludwig Krippahl foi demonstrada ser falsa; e defende uma certa ideia de sinificação do mundo, onde o Poder é negociado entre a Esquerda neomarxista (o internacionalismo trotskista), por um lado, e os mais ricos do mundo (globalismo plutocrata), em uma espécie de partilha do Poder à moda da China mas à escala global.

¿Qual é a ligação entre o Grupo de Bilderberg, por um lado, e, por outro lado, partidos políticos trotskistas e (supostamente) libertários do tipo do Bloco de Esquerda? ¿Qual é a ligação e identificação ideológica entre o Trotskismo e o globalismo plutocrata?

O estudo da vida de personagens políticas como (por exemplo) James Burnham pode ajudar o leitor a compreender melhor a aliança tácita entre o Trotskismo e a plutocracia globalista, entre o Bloco de Esquerda e George Soros. Não é “teoria da conspiração”: são factos.

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