sábado, 28 de maio de 2022

O Anselmo Borges é isto


Quando escreve sobre o perdão (o acto de perdoar), o Anselmo Borges (que foi, ou ainda é, sacerdote da Igreja Católica) em vez de se referir à tradição católica, utiliza conceitos de Derrida, Kierkegaard, e “filósofos” da Nova Teologia.

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O padreco poderia referir-se, por exemplo, a Romanos 12:19: “'É a Mim que compete punir, Eu é que hei-de retribuir' — diz o Senhor”. Ou Romanos 12:14: “Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis”. Ou nos Actos dos Apóstolos 7:60, em que Sto. Estêvão, sendo apedrejado até à morte, “bradou com voz forte: 'Senhor, não lhes atribuas este pecado'”. Ou poderia referir-se a Santa Maria Goretti, assassinada em 1902 e que, antes de morrer, perdoou ao assassino.

Ou poderia referir-se a Mateus 18:23,35. Ou poderia referir-se a Sto. Filipe Néri; ou a Santo Agostinho nas suas “Confissões”. Ou a S. João da Cruz; ou ao Bispo de Genebra, S. Francisco de Sales, que intercedeu (na Justiça) por quem o quis matar, comutando-lhe a pena. Ou S. Francisco de Paula; Ou Santa Teresa de Ávila; ou centenas de outros exemplos da Igreja Católica.

Em vez das centenas de exemplos católicos, o Anselmo vai buscar o gnóstico, desconstrucionista e marxista Derrida; e Kierkegaard, considerado herético pela ortodoxia católica. Posso perdoar, ao Anselmo Borges, aquilo que ele faz; mas nunca lhe perdoarei aquilo que ele é.

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